• Carregando...

A fábrica Tritec Motors, de Campo Largo, busca novos clientes para manter o ritmo atual de produção a partir do dia 1.º de julho, quando vence a participação da BMW na joint venture (sociedade) formada em 1997 com a DaimlerChrysler, e o contrato de fornecimento de motores para a marca alemã. A Tritec não divulga o porcentual da produção que atualmente é destinado a cada montadora, mas trabalhadores temem demissões ou o fechamento da empresa assim que o envio de produtos à BMW cessar, já que ela seria a principal cliente da fabricante paranaense.

"Nós estamos otimistas com a possibilidade de a Tritec conseguir outra empresa que ofereça demanda semelhante à BMW", diz o presidente do sindicato dos trabalhadores (Sindimovec), Adriano Carlesso.

Para não reduzir a produção – o que certamente implicaria cortes de pessoal – a Tritec precisa de um contrato de fornecimento equivalente ao firmado com a BMW. Os motores 1.4 e 1.6 litro fabricados em Campo Largo equipam os automóveis PT Cruiser (Chrysler), Mini Cooper e Mini One (BMW Mini) e A15 (Chery).

O gerente de comunicação da Tritec, Thomás Prete, evita falar em fechamento da empresa e diz que ela trabalha com três contratos de fornecimento para montadoras chinesas: Chery, Lifan e Haima. "São contratos em aberto e estamos prospectando volumes com esses clientes", diz Prete. Além disso, a Tritec procura clientes e parcerias para fornecimento de motores. "Isso não exclui a possibilidade de os acionistas darem uma nova direção, com um novo parceiro", afirma.

Mesmo com o receio de demissões, Carlesso, do sindicato trabalhista, conta que a Tritec estaria recebendo investimentos altos no setor produtivo. "É tecnologia em setor produtivo. Se eu tenho a possibilidade de meu principal cliente deixar de comprar [caso da BMW], por que eu faria investimentos milionários no setor de engenharia", questiona o sindicalista. Para ele, esta informação pode indicar que a empresa já tem planos para continuar produzindo após a saída da BMW.

A Tritec, no entanto, não confirma estes investimentos. "Um eventual investimento é somente especulação enquanto não for confirmado pelos acionistas. Estamos aguardando este posicionamento oficial", diz o gerente Thomás Prete.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]