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Lojistas e fabricantes de moda paranaense marcaram encontro esta semana no pavilhão de eventos do Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Cietep, durante o Paraná Business Collection. Mais que fechar negócios, no evento eles analisam o vestuário produzido no estado e trocam idéias sobre estratégias para desenvolver a moda regional. O encontro termina amanhã e desde segunda-feira reúne 24 confecções no Fashion Business (balcão de negócios) – das quais 11 apresentam desfiles das suas coleções.

"O Paraná é um dos pólos nacionais na confecção, mas ainda é pouco conhecido como produtor de moda", diz o presidente do Sindicato da Indústria do Vestuário de Curitiba e região, Ardisson Akel, dando o tom do evento. "Queremos incentivar a formação de conceitos e ampliar a capacitação."

Confecções como a Menina Bonita e sua versão masculina Hot Side, de Sarandi (Norte do estado) vendem muito no Brasil, mas não estão satisfeitas com a atuação no Paraná. Com a presença no evento, elas querem se fortalecer nas proximidades das dez cidades para onde mais vendem no estado. Apostando em ações de relacionamento com clientes, as confecções esperam aumento de até 30% no faturamento.

Por causa dessa estratégia, criada a partir de uma pesquisa de mercado, propositalmente a confecção não está fechando negócios no evento. "Vamos pegar o contato e passar para o representante do local, para que ele crie o relacionamento", explica o analista de marketing da empresa, Luiz Schiavo Júnior, que classifica o Paraná como um estado difícil para atuar, pela abundância de marcas. "Os clientes fixos compram durante, no máximo, três coleções."

Com 30 anos de mercado, a confecção Raffer, de Francisco Beltrão, tem expectativa conservadora para o evento: "Queremos reforçar a marca e fechar vendas para alguns dos 20 clientes para quem já vendemos em Curitiba", diz o seu gerente comercial, Claudemir Bordignon. A empresa fabrica alfaiateria feminina e masculina sob encomenda.

Assim como ela, a Züe, que produz moda jovem em Londrina, fará um desfile durante a mostra. A estilista e uma das proprietárias da empresa, Luciana Kouri, pretende fortalecer a presença no Paraná. Na capital, ela já vende para uma loja de shopping. "Estou aproveitando para trocar opiniões com marcas mais experientes, já que somos jovens." Apesar de estar apenas há três anos e meio de mercado, ela já fez negócios internacionais nas semanas da moda do Rio e de São Paulo – que inspiram o Paraná Business Collection. "Os finlandeses compram roupas estampadas, bordadas e largas, ao contrário dos angolanos, que preferem cores vibrantes e modelos justos", conta.

Pelo volume de interessados em sua moda náutica urbana, a curitibana Papaloco espera fechar o evento com 30 novos clientes. "Estamos começando aqui a venda no atacado", diz a entusiasmada proprietária, Luciane Cardoso.

Entre os visitantes do evento há perfis diversos. Lojistas iniciantes, como Gládis Janz, de Jacarezinho (Norte), querem conhecer o que o estado produz – sugestão do Sebrae, um dos organizadores do evento. "Estou encantada. O Paraná tem muita coisa boa, não precisa buscar mercadoria em São Paulo", defende.

Quem tem lojas há anos, como Dulce de Marco, de Arapongas (Norte), veio conhecer tendências. "Mas compro mais em outros estados, pela variedade", explica.

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