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Após 16 dias de greve, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) definiu nesta quinta-feira (27) em 6,5% o reajuste para os empregados da Empresa Brasileira dos Correios e Telégrafos (ECT). Os ministros da Seção de Dissídios Coletivos determinaram ainda que os servidores encerrem a greve e voltem ao trabalho a partir desta sexta (28), de acordo com o horário de cada um. A decisão prevê ainda que os trabalhadores deverão compensar os dias parados com trabalho extra em até seis meses.

O aumento salarial é retroativo a 1º de agosto. O índice concedido pelo Tribunal é superior à proposta dos Correios, que pretendia dar 5,2% de aumento para seus 120 mil empregados. O TST também declarou que a greve dos empregados dos Correios não é abusiva.

Paraná

O secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios no Paraná (Sintcom-PR), Luis Antonio Souza, afirmou que a categoria comemora o resultado das negociações com o TST. "Esperávamos 10% de aumento real, mas estamos contentes com a decisão do julgamento. Nossa maior preocupação era a respeito do convênio médico, que foi mantido", explicou Souza.

Com o retorno ao trabalho programado para esta sexta-feira (28), os funcionários dos Correios devem compensar os dias parados da greve realizando horas-extras durante as próximas semanas por seis meses. Caso o funcionário não cumpra o acordo, poderá receber desconto dos dias da paralisação no contracheque.

Retorno

Se o trabalho nos Correios não for retomado nesta sexta, será aplicada multa de R$ 20 mil por dia aos sindicatos. O presidente do TST, João Oreste Dalazen, ressaltou que os empregados dos Correios têm um dos salários mais baixos entre todas as empresas públicas federais. "Há uma falta de atrativos na carreira que não podemos perpetuar".

Os ministros decidiram que greve não é abusiva porque foi comunicada com antecedência pelos empregados à empresa. Também foi determinada a formação de uma comissão com representantes da empresa e dos empregados para debater a adaptação do plano de saúde oferecido atualmente às normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Segundo os Correios, cerca de 11,8 mil funcionários aderiram à greve até esta quinta (27), o que representa 9,8% dos 120 mil funcionários da empresa. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) estima que o percentual de adesão foi entre 40% e 50%.

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