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A tecnologia da TV digital tende a provocar uma maior concentração no setor das telecomunicações, segundo uma pesquisa divulgada na sexta-feira desenvolvida pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

De acordo com o coordenador da pesquisa, Renato Cameira, com as privatizações no país, o número de operadoras de telecomunicações, de telefonia fixa e celular, tornou-se "relativamente grande".

Mas "mundialmente, a quantidade de operadoras é maior que o mercado disponível". A tendência seria de fusão, principalmente porque a TV digital demanda grandes investimentos de capital, segundo Cameira.

Por outro lado, há um crescimento dos provedores de conteúdo, "não só as grandes TVs, mas também de trabalhos como o de um pequeno artista, que no ateliê digitaliza a sua obra, para que possa ser utilizada como papel de parede num celular através da rede", exemplificou.

- Essa tecnologia possibilita alcançar uma série de atores que hoje não estão incluídos nessa cadeia - afirmou o especialista.

As empresas de telecomunicações também estão buscando oferecer serviços de maior valor agregado, relacionados à chamada "tecnologia da informação". Um exemplo é o serviço de VoIP, sistema de voz que permite uma conversa via internet.

- A tecnologia de cobre, por exemplo, com a passagem de cabos pelas ruas chegando às residências, é muito cara para ser mantida, e tem lucratividade decrescente. As operadoras de telefonia começam então a oferecer serviços de VoIP pagos, já que há uma tendência de que os sistemas gratuitos percam a qualidade à medida que fiquem sobrecarregados devido à popularização - disse Cameira.

Com relação especificamente ao Rio de Janeiro, o estudo aponta como pontos negativos para o incremento da tecnologia digital, os altos impostos municipais e estaduais, a violência e a imagem da violência da cidade e a perda de áreas estratégicas como a de marketing, especialmente para São Paulo.

Entre as vantagens, está o crescente número de empresas fornecedoras de conteúdo, infra-estrutura de telecomunicações e qualidade de vida consideradas como boas e instituições de ensino superior e mão-de-obra qualificadas, apesar de insuficientes.

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