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Feita a escolha do padrão japonês como o sistema de televisão digital a ser adotado no Brasil – e com os ânimos do debate político em torno dessa escolha já arrefecidos –, resta uma dúvida para os milhões de telespectadores do país: que diferenças e benefícios, afinal de contas, a TV de alta definição (HDTV, na sigla em inglês) irá trazer para seus usuários? A resposta imediata é o ganho na qualidade da imagem e do som recebidos pelos televisores.

Para se ter idéia, um DVD oferece resolução máxima de 720 linhas enquanto a TV convencional atinge cerca de 480 linhas (quanto mais linhas, maior a nitidez da imagem). No sistema digital, a qualidade poderá chegar a 1.080 linhas horizontais. Isso fará com que pequenos detalhes do enquadramento sejam ressaltados – a tomada de uma torcida num estádio de futebol, por exemplo, deixará de ser o atual borrão de cores do time e cada pessoa poderá ser percebida com maior precisão. Além disso, a sensação de profundidade das cenas será realçada e o som poderá ser transmitido em até seis canais, no formato surround 5.1 (hoje, o máximo nas transmissões é o estéreo, em dois canais).

O superintendente de engenharia da Rede Parananense de Comunicação (RPC), Ênio Jacomino, prevê que as primeiras operações comerciais da TV digital brasileira ocorram dentro de um ano, em São Paulo. Em Curitiba, a expectativa é que a RPC instale seu sistema digital no primeiro semestre de 2008. "Mas não há previsão firme, até porque o Ministério das Comunicações no definiu um cronograma para a migração de sistemas", ressalta Jacomino.

Aperitivo

Os curitibanos que quiserem um "aperitivo" da transmissão digital – além de mais explicações sobre características do sistema como interatividade, mobilidade e portabilidade – podem visitar o quiosque que montado pela RPC no PolloShop Alto da XV durante o último fim de semana. A estrutura, que há duas semanas esteve no Shopping Crystal e que ainda deve passar por outros locais de grande movimentação, tem como objetivo mostrar a HDTV ao grande público. "As imagens do televisor no quiosque são de um sistema fechado, até porque não existe ainda a transmissão digital em Curitiba", explica Jacomino.

De acordo com ele, ainda existem várias perguntas sobre a TV digital sem resposta definitiva. O preço dos conversores (caixinhas que servirão para fazer os televisores atuais "entenderem" o sinal digital) ainda é uma incógnita, pois depende da política de subsídios governamentais. "Já ouvi dizer que vai custar R$ 50, assim como também já me disseram que vai custar R$ 1 mil", diz o executivo. Outras questões técnicas – e essenciais para a implantação do sistema digital – também esperam por definições, como a maneira será feita a distribuição dos canais entre as difusoras. "Até a liberação dos canais, ficamos em um certo suspense, sem poder comprar os equipamentos."

Serviço: Demonstração da TV Digital pela Rede Paranaense de Comunicação (RPC), no PolloShop Alto da XV (Rua Camões, 601), até o dia 8 de outubro.

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