Nove meses após ter sua licença para operar em Londres cassada, a Uber conseguiu uma vitória para continuar operando na cidade. Uma corte de magistrados britânicos determinou nesta terça-feira (26) que a polêmica empresa está “apta e adequada” a receber uma licença de 15 meses para operar na mais populosa cidade da Europa, conhecida por seu amplo serviço público de transportes.
O mercado londrino representa uma grande oportunidade para a Uber, com mais de 40 mil motoristas e 3,5 milhões de passageiros. Tom Elvidge, gerente geral da Uber no Reino Unido, disse que a empresa planeja trabalhar em estreita colaboração com a Transport for London, o órgão regulador da cidade. “Continuaremos a trabalhar com a TFL para tratar de suas preocupações e ganhar sua confiança, ao mesmo tempo em que prestamos o melhor serviço possível aos nossos clientes”, disse em comunicado.
A empresa foi “expulsa” do país por um juiz em setembro de 2017, alegando preocupações com segurança. De acordo com o magistrado e conclusões da TFL, a Uber não reportava crimes relacionados a usuários e não checava antecedentes criminais de seus motoristas cadastrados.
Em comunicado postado no Twitter, o prefeito Sadiq Khan lembrou que apoiou totalmente a decisão do tribunal de proibir a Uber no ano passado. Na época, o político destacou Londres como vanguarda da inovação e das novas tecnologias. “No entanto, todas as empresas em Londres devem seguir as regras e aderir aos elevados padrões que esperamos - particularmente quando se trata da segurança dos clientes. Fornecer um serviço inovador não deve ser à custa da segurança e segurança do cliente”, continuou, em 2017.
Uber has been put on probation and must abide by a clear set of conditions set out by @TfL. No matter how big and powerful you are, you must play by the rules. pic.twitter.com/TDf3K1z9HU
— Mayor of London (@MayorofLondon) June 26, 2018
Khan indica que mudanças na empresa a tornaram digna de uma nova chance em Londres. Entre as mudanças, está a contratação de novos executivos, a introdução de um suporte 24 horas por dia, todos os dias da semana, e relatórios proativos de incidentes à polícia londrina. A empresa também se desculpou por esses erros.
Em sua nova declaração, o prefeito afirma que a Uber é colocada em “condicional” e deve seguir as regras impostas pela TFL, que estará monitorando o serviço durante os 15 meses de autorização. Geralmente, a TFL concede licenças de cinco anos.
Atualização (27/6, às 11h30): Diferente do que foi publicado originalmente, a Uber não deixou de operar em Londres durante os nove meses que precederam o julgamento da Justiça britânica desta terça-feira.
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