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Jean-Claude Juncker (à esquerda) e Wen Jiabao: um “empurrãozinho” para a recuperação econômica | Aly Song/ Reuters
Jean-Claude Juncker (à esquerda) e Wen Jiabao: um “empurrãozinho” para a recuperação econômica| Foto: Aly Song/ Reuters

Moratória

BC de Dubai vai dar apoio a bancos

O banco central dos Emirados Árabes Unidos anunciou um instrumento emergencial para dar suporte à liquidez dos bancos, na primeira resposta aos problemas de dívida de Dubai. O emirado sacudiu o mundo financeiro na quarta-feira ao pedir aos credores do Dubai World, o conglomerado por trás de sua rápida expansão, e da Nakheel, construtora de suas ilhas, que aguardem o pagamento de bilhões de dólares em dívida, em um primeiro passo de uma reestruturação. Em resultado disso, os bancos enfrentam o risco de correntistas temerosos correrem para sacar seu dinheiro do sistema. "Pode dar algum suporte ao mercado, mas não acho que seja suficiente", disse Shawkut Raslan, diretor da corretora Prime Emirates. "Eu acho que alguns estrangeiros vão tirar dinheiro do país e outros vão ficar com medo de colocar dinheiro".

Nanjing - As principais autoridades econômicas da zona do euro pressionaram pela valorização do yuan, no encontro de cúpula UE-China, mas ressaltaram que não contam com resultados imediatos. "Não posso dizer que eu esteja mais otimista do que antes de vir aqui", disse o primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, que preside o Eurogroup, de ministros das Fi­­nanças da zona do euro. Uma moeda chinesa mais forte, na visão europeia, seria positiva para a recuperação econômica global, porque permitiria ao gigante oriental importar mais mercadorias.

Os comentários foram feitos um dia depois conversas com autoridades chinesas, entre elas o primeiro-ministro, Wen Jiabao. Juncker disse ainda ser difícil justificar a recente depreciação do yuan ante uma cesta de moedas, devido ao forte crescimento da China e aos superávits externos. "As pessoas acreditam que uma apreciação gradual e ordenada do yuan é de interesse da China e de interesse da economia mundial", acrescentou Juncker. "Não estamos defendendo uma mudança imediata, dramática ou de curto prazo na política monetária da China, mas uma apreciação ordenada e gradual."

Joaquin Almunia, comissário da UE para assuntos econômicos e monetários, disse que as autoridades chinesas acreditam que um yuan mais forte seria parte da estratégia de retirada das políticas de estímulo ao crescimento adotadas há um ano. "Um dos elementos dessa estratégia de retirada, de acordo com nossos colegas chineses, é retomar o regime de câmbio do yuan que foi concordado em julho de 2005", disse Al­­munia.

O yuan subiu 21% ante o dólar desde que Pequim encerrou o regime de fixação com o dólar em julho de 2005, até o ano passado. Em julho, no entanto, a China voltou ao sistema, atrelando o yuan a uma taxa de 6,83 por dólar para ajudar seus exportadores.

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