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Quase um terço das mulheres que trabalham no país é chefe de família ou de domicílio, revela um estudo do IBGE com base na pesquisa mensal de emprego do instituto. O retrato inédito das trabalhadoras do Brasil, tirado nas seis principais regiões metropolitanas do país, mostra que, em média, elas têm 43,5 anos, contra 34,6 anos das que não têm a mesma responsabilidade.

Segundo o IBGE, as chefes de domicílio dispõem de escolaridade menor e jornadas mais longas do que trabalhadoras em outras condições. Nessa conta estão também aquelas que moram sozinhas, embora elas sejam minoria. Uma em cada cinco é empregada doméstica. E a metade mora com os filhos, sem a presença do cônjuge, como é o caso de Silvana, personagem de Totia Meirelles na novela Cobras e Lagartos. Na trama, Silvana sustenta dois filhos trabalhando numa loja de essências no Centro do Rio.

Os rendimentos são 11,6% maiores que os da população feminina ocupada. Mesmo assim a situação ainda é precária: 78,6% das trabalhadoras que eram as principais responsáveis por seus domicílios recebiam menos de três salários mínimos. Em média, elas ganham R$ 927,10, contra R$ 830,87 das trabalhadoras que não chefiam a casa.A pesquisa também mostrou que, em média, as trabalhadoras responsáveis pelos domicílios em que vivem trabalham 39,2 horas por semana, mais do que as 38,7 horas do restante da população feminina ocupada.

O percentual de chefes de domicílio economicamente ativas que têm alguma ocupação cresceu entre agosto de 2002 e agosto de 2006, passando de 90,9% para 92,0%.

As cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte concentram 74,1% do total dessas trabalhadoras. Proporcionalmente, a presença das mulheres ocupadas foi mais significativa em Salvador (35,7%).

O IBGE traçou o perfil das mulheres que são as principais responsáveis pelos domicílios em que vivem a partir de informações coletadas pela Pesquisa Mensal de Emprego em agosto de 2006. Nas áreas pesquisadas, elas somaram 2,7 milhões de chefes de família ou domicílio.

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