• Carregando...

Os US$ 18,9 milhões investidos pelas três companhias americanas nas reservas de seqüestro de carbono no Paraná já foram repassados à SPVS no início do projeto. Segundo a ONG, um terço do recurso já foi gasto nos cinco primeiros anos, na aquisição das áreas e início do reflorestamento. O restante foi aplicado em um fundo de investimento, e o rendimento será utilizado em 40 anos.

Com a implantação das reservas naturais, que somam 19 mil hectares, a SPVS se tornou proprietária de grande parte das terras da região. A expansão da ONG, que atua no litoral desde 1984, não é vista com bons olhos por parte dos moradores locais. Na estrada entre Antonina e Guaraqueçaba é comum encontrar faixas de protesto contra os projetos de seqüestro de carbono. O motivo principal é que, com a recuperação e proteção de matas nativas, os moradores foram impedidos de manter atividades que antes não eram coibidas na Área de Proteção Ambiental (APA) de Guaraqueçaba, como pesca e agricultura.

O segundo fator que desagrada os moradores é a extinção da criação de búfalos, uma das atividades desenvolvidas nesse trecho do litoral. A SPVS comprou, uma a uma, a maioria das fazendas que criavam o animal em áreas devastadas para a pastagem. Junto com os terrenos – que estão sendo reflorestados – , a organização adquiriu os búfalos, mas evitou a procriação. No início havia 900 cabeças nas áreas das três reservas, hoje restam cerca de 50.

Em contrapartida, a SPVS procura empregar pessoas que vivem na região e promove atividades gratuitas de educação ambiental. Cerca de 65 funcionários trabalham nas três áreas. A ONG também desenvolve ações de desenvolvimento econômico, como o estímulo à criação de abelhas, em processo de implantação. Um grupo de 28 funcionários da SPVS vai receber, cada um, 20 caixas para cultivo de abelha jataí, nativa da região. É o caso de João Pontes, funcionário da ONG que inaugurou o programa. "É bom porque é fácil de cultivar e a gente ainda ganha um dinheiro a mais", diz Pontes. (AP)

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]