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Brasil e FMI

Uma história de muitos acordos

1944: O Brasil participa da conferência de Breton Woods, que criou o Fundo Monetário Internacional (FMI).

1958: O país faz o primeiro acordo formal com o Fundo, no governo Juscelino Kubitschek para um empréstimo de US$ 200 milhões.

1959: O Brasil rompe com o FMI pela primeira vez. Juscelino se recusou a adotar medidas de austeridade monetária e fiscal e controle da inflação. No fim, foram liberados apenas US$ 50 milhões.

1961: Jânio Quadros busca ajuda de US$ 2 bilhões com o FMI. Mas as negociações são interrompidas com sua renúncia. João Goulart acaba conseguindo um acordo de US$ 200 milhões, dos quais apenas US$ 78 milhões são liberados.

1965: O general Castello Branco consegue um empréstimo de US$ 125 milhões e se compromete a conter a inflação e equilibrar o balanço de pagamentos.

1982: Durante a crise da dívida externa, o contato com o Fundo é retomado. O então ministro da Fazenda Delfim Netto negocia empréstimo de US$ 4,4 bilhões em quatro parcelas. Apenas duas são desembolsadas.

1983: Feito um novo acordo, depois de uma maxidesvalorização de 30% e de duas cartas de intenção: US$ 5,7 bilhões, mas o país acaba só retirando US$ 3,7 bilhões.

1984: Acordo de US$ 5,5 bilhões. Mas apenas metade chega ao país.

1985: Delfim Netto assina sua sétima carta de intenções ao Fundo. As metas não são cumpridas e o FMI suspende os desembolsos.

1987: Depois de longas negociações sem resultado e do lançamento do Plano Cruzado, em 1986, o Brasil decreta moratória unilateral da dívida externa. O país suspende o pagamento dos juros e do principal da dívida.

1988: Apesar da desconfiança generalizada, o Brasil fecha mais um acordo com o Fundo: US$ 1,4 bilhão, dos quais acaba recebendo apenas US$ 477 milhões.

1992: O governo Collor fecha um acordo de US$ 2 bilhões com o FMI, mas, com o impeachment que ocorre em setembro, apenas US$ 170 milhões são liberados.

1994: O Brasil do presidente Itamar Franco renegocia a dívida externa e regulariza o crédito externo depois do lançamento do Real. O ministro da Fazenda é Fernando Henrique Cardoso.

1998: Crises na Ásia e na Rússia deixam o Brasil em situação vulnerável. O país negocia um pacote de socorro de US$ 41 bilhões, com o FMI, o Banco Mundial, o BID e o Banco de Compensações Internacionais (BIS).

2001: O FMI socorre novamente o Brasil com um pacote de US$ 15 bilhões a ser utilizado até o mês de dezembro deste ano.

2002: A crise internacional se agrava, e o Brasil tem problemas para rolar a dívida. Resultado: mais US$ 30 bilhões do Fundo para o país.

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