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 | Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

Para continuar a crescer e a se desenvolver economicamente nos próximos anos, o Brasil precisa diminuir as diferenças sociais, manter o processo de expansão do emprego e renda e também investir pesadamente em educação. A fórmula é recitada pelo ministro de Relações Institucionais Alexandre Padilha (foto) e integra a Agenda para o Novo Ciclo de Desenvolvimento, formulado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). O documento aponta quais são os grandes objetivos e metas para que o país mantenha o rumo do desenvolvimento social alcançado após a crise econômica internacional de 2008. O projeto dá continuidade à Agenda Nacional de Desenvolvimento (AND), que em 2005 apontou estratégias e rumos para as ações governamentais nos últimos anos. De acordo com o ministro, o Brasil deve aproveitar os bons resultados relacionados à redução da desigualdade social e a recuperação econômica para estabelecer estratégias que auxiliem no desenvolvimento contínuo do país.

O ministro esteve em Curitiba nesta semana e conversou com o repórter Adriano Cesar Gomes.

Que avanços a Agenda para o Novo Ciclo de Desenvolvimento propõe em relação ao primeiro documento?

Em 2005 o grande objetivo era reduzir a desigualdade no Brasil, minimizar a pobreza e inserir as pessoas no mercado. E de lá para cá nós tiramos 35 milhões de pessoas da pobreza, das classes D e E, que ascenderam à classe C. Agora, nós precisamos de uma agenda pós-crise, capaz de sustentar esse novo ciclo de crescimento que o país vive. É preciso manter a ideia de que o Brasil continue crescendo, mas com inclusão social e consequente redução da pobreza. É preciso também adotar práticas e experiências positivas de governança global.

Na prática, quais as principais oportunidades a serem criadas pelo programa?

O Brasil tem que aproveitar o bom momento de redução da desigualdade, combinado com a recuperação econômica e os bons índices de geração de emprego para cumprir os desafios que temos pela frente.

Qual o papel do Paraná no desenvolvimento nacional?

O Paraná tem todas as condições de acumular bons resultados nessa nova era de prosperidade. É um estado que combina o potencial rural do grande agronegócio com a agricultura familiar. Há um ambiente em torno de Curitiba que resultou de políticas avançadas de reforma urbana. É um estado que adota um potencial industrial muito forte em relação ao petróleo e gás, e tem capacidade do estado de mobilizar institutos de tecnologia das universidades que contribuem muito com a área urbana e rural de todo o país.

Como fazer para diminuir as taxas de pobreza no meio rural?

São duas ações combinadas: primeiro manter essa rede de proteção social. Foi fundamental a existência da aposentadoria rural combinada ao aumento do salário mínimo. Isso irrigou, junto com o Bolsa Família, a economia local. Em segundo, combinar rede de proteção social com fortes investimentos, tanto no agronegócio quanto na agricultura familiar.

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Equilibrando

O Prêmio Equilibrista 2010 já recebe inscrições de executivos que pretendem mostrar seus cases de sucesso na área financeira. O prazo vai até 27 de agosto e a taxa de R$ 150 vai toda para o Hospital Erasto Gaertner. Assim como no ano passado, o Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF-PR) só vai reconhecer uma ação. O executivo de finanças do ano será homenageado dia 28 de outubro, em evento no Castelo do Batel, em Curitiba.

No ano passado, o prêmio foi entregue a Ciro Possobom, gerente geral de finanças Brasil, da Renault do Brasil, pela estrutura de capital que permitiu à empresa passar pela crise financeira mundial sem problemas de liquidez.

O valor da Lopes

Avaliada em R$ 87 milhões, a Lopes – que se apresenta como a maior imobiliária do Brasil – é a 25ª marca mais valiosa do país, segundo o Ranking Interbrand das Marcas Brasileiras Mais Valiosas. A empresa, que atua no Paraná desde 2007, quando investiu R$ 1,5 milhão em tecnologia, treinamento e infraestrutura para a sede de Curitiba. No primeiro trimestre, a empresa registrou lucro líquido de R$ 12,429 milhões, valor quatro vezes superior ao apurado no mesmo período de 2009.

Cobertura

Apucarana, no Norte do Paraná, é a mais recente cidade do estado a receber investimentos da Nextel, operadora de comunicações móveis para o mercado corporativo. O lançamento faz parte do plano de ampliação da cobertura da Nextel pelo país, que chega a 365 cidades e a 2,7 milhões de usuários em 12 estados. No começo do ano a empresa começou a atuar na região de Londrina e Maringá.

Frango pé-vermelho

A Tyson do Brasil participa nesta semana da SuperNorte, feira organizada pela Associação Paranaense de Supermercados (Apras) em Londrina. Para a empresa, o evento é uma oportunidade de reforçar sua atuação na região Noroeste do Paraná. Em março, a Tyson chegou ao estado, atendendo às cidades de Londrina, Maringá, Campo Mourão e Umuarama. Neste período, se espalhou por 166 pontos de venda e diz que já ultrapassou a meta de vendas, que era de 130 toneladas de carne de frango em junho.

Armazém novinho

A indústria de alimentos Zaeli, com sede em Umuarama, inaugurou uma grande filial de distribuição para estocagem de produtos em Astorga, no Noroeste do estado. Distante 40 quilômetros de Maringá e 65 de Londrina, a filial ocupa 9 mil m² e gera 50 empregos diretos.

A Zaeli tem três unidades fabris no Brasil, – uma em Recife (PE) e outra em Uruguaiana(RS), além da de Umuarama. A nova filial será apoio para os produtos vindos do Rio Grande do Sul, para distribuição nos estados de São Paulo e Minas Gerais por meio de transpore intermodal, usando ferrovia e a frota de caminhões da empresa, além do porto de Paranaguá.

Leitura

O economista Gilmar Mendes Lourenço, pesquisador do Ipardes e professor da FAE Centro Universitário, acaba de lançar o livro "Conjuntura Econômica: modelo de compreensão para executivos". Lourenço também é colunista desta Gazeta do Povo e seu livro pode ser encontrado na biblioteca do Ipardes e na sede do Sindicato dos Economistas do Estado do Paraná (Sindecon).

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