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Os planos de 14 países da União Europeia para redução de seus crescentes déficits orçamentários contêm poucos detalhes e, em vários deles, os governos assumem uma perspectiva excessivamente otimista de melhora no clima econômico. A avaliação foi feita hoje pelo comissário para Assuntos Econômicos e Monetários da União Europeia, Olli Rehn.

Segundo ele, os planos para reduzir o déficit orçamentário do Reino Unido, da França, da Itália e da Espanha contêm projeções macroeconômicas favoráveis para após 2010 que podem não se materializar. O plano orçamentário da Alemanha "não é suficiente para levar a taxa da dívida (em relação ao PIB) para uma direção de baixa", acrescentou.

A avaliação da Comissão Europeia para o plano de recuperação do Reino Unido é de que o governo não conseguirá atender as recomendações da União Europeia de retorno do déficit para 3% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2014/2015. Também faltam detalhes sobre como o governo irá reduzir os gastos, observou Rehn em relação ao plano britânico.

"A ausência de detalhes sobre limites de gastos é uma fonte de incerteza", disse a comissão. "O contexto macroeconômico pode também ser claramente menos favorável do que o previsto no período programado", afirmou. O Reino Unido precisa evitar uma maior deterioração no déficit orçamentário de 12,7% do PIB estimado em 2009/2010 e acelerar medidas de aperto orçamentário, observou Rehn.

A Espanha, a Itália e a França também fizeram projeções "favoráveis" para a recuperação econômica no ano que vem, informou a comissão. Estima-se que a dívida pública da Espanha vai subir para 55% do PIB em 2009 e para 74% em 2013.

O déficit francês deveria atingir 3% do PIB em 2013, disse a comissão. Mas a estratégia do governo "não deixa uma margem de segurança, caso a economia piore em relação ao projetado no programa", alertou Rehn.

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