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Os cortes no Orçamento de 2010 ainda não tiveram reflexos nas contas do governo federal, que registraram em maio o pior resultado em mais de dez anos. As despesas da União (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) superaram as receitas em R$ 510 milhões no mês passado, maior déficit para meses de maio da série iniciada em 1999, segundo o Ministério da Fazenda.

Com uma metodologia diferente, o BC verificou um deficit de R$ 1,4 bilhão nas contas da União, o pior para maio da série histórica.

Também foram divulgadas as contas do setor público. Segundo dados do BC, estados, municípios e estatais de todas as esferas terminaram o mês passado com as contas no azul, o que compensou o resultado negativo do governo federal. No mês passado, o setor público registrou um superavit primário (economia para pagar os juros da dívida) de R$ 1,4 bilhão. É o segundo pior resultado para maio, atrás apenas de 2009.

Mercado

O número ficou muito abaixo das estimativas do mercado, que chegavam a R$ 7 bilhões. Para analistas, a arrecadação aumentou aquém do esperado, e os gastos com custeio e investimentos permaneceram elevados. O Tesouro Nacional e o Banco Central atribuem essa piora ao aumento de 80% nos investimentos, que alcançaram R$ 16,6 bilhões em cinco meses.

Em termos nominais, no entanto, pesaram os gastos com a manutenção da máquina pública. Nos cinco primeiros meses do ano, as despesas de custeio subiram 25,5%, ou R$ 10,2 bilhões a mais na comparação com o mesmo período de 2009.

Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, a redução de gastos anunciada pelo governo no começo do ano só terá impacto a partir de junho.

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