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Edwin Schossland, presidente do conselho de administração da Unicred União: de olho no segmento de alta renda | Divulgação
Edwin Schossland, presidente do conselho de administração da Unicred União: de olho no segmento de alta renda| Foto: Divulgação

A Unicred, uma cooperativa de crédito com presença em oito estados, começa neste ano a operar no Paraná. A primeira agência do sistema cooperativo será aberta em Curitiba no fim de março.

O braço curitibano é ligado à Central Unicred Santa Catarina e é gerido pela Unicred União, responsável pelo Litoral Norte e Planalto catarinenses – o sistema cooperativo tem uma governança em três níveis, com cooperativas singulares na base, centrais que reúnem essas instituições em uma determinada área e a confederação que une as centrais.

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O plano de negócios aprovado pelo Banco Central prevê que a Unicred possa abrir agências em Curitiba e região, Litoral e Ponta Grossa. Nos primeiros dois anos, o objetivo é concentrar esforços em Curitiba, onde estão planejadas cinco unidades, com a captação de cerca de 4 mil cooperados em 24 meses. Paranaguá, São José dos Pinhais e Ponta Grossa devem receber investimentos em uma segunda fase.

“Nosso objetivo é atuar no segmento de alta renda”, explica Edwin Schossland, presidente do conselho de administração da Unicred União. Ele explica que a cooperativa é de livre admissão, ou seja, pode ter cooperados de qualquer atividade econômica e pessoas físicas, e tem experiência com o público de alta renda, principalmente empresas e profissionais liberais. Na origem, a Unicred era ligada a profissionais da área de saúde.

Ativos

O avanço sobre o território paranaense ocorre em um momento em que a Central Santa Catarina se consolidou como a maior do sistema Unicred, com R$ 2 bilhões em ativos. Somente a Unicred União, que está em cidades como Joinville e Balneário Comboriú, tem R$ 800 milhões em ativos e 16 mil cooperados. A meta para este ano é alcançar R$ 1 bilhão em ativos e 19 mil cooperados.

Os serviços oferecidos pela cooperativa são os mesmos de um banco comercial. Como a confederação não tem um banco próprio, ela mantém convênios com Banco do Brasil, Bancoob e Bradesco, entre outros, para a execução de alguns processos. “Prestamos todos os serviços da rede bancária, mas com diferenciais como taxas de juros menores e inexistência de algumas tarifas”, destaca Schossland.

Cooperado tem cota e participa da gestão

A adesão a uma cooperativa de crédito é diferente de abrir uma conta bancária porque é necessário comprar uma cota mínima de participação. Com isso, o correntista é também um dos donos do negócio. No caso da Unicred, a cota mínima é de R$ 3 mil para jovens com até 16 anos e de R$ 4 mil para adultos – nos dois casos ela pode ser parcelada em 36 meses. Para pessoas jurídicas, a cota mínima é de R$ 6 mil e pode ser paga em duas parcelas.

Essa participação garante uma remuneração de juros sobre o capital próprio e o direito a uma parcela das sobras (designação do lucro no sistema cooperado) da cooperativa ao fim de cada ano fiscal. Além disso, os cooperados podem fazer parte indiretamente da gestão do negócio, através das assembleias gerais, nas quais também são eleitos os conselheiros que representam os associados na administração.

Na Unicred, a gestão é feita por executivos contratados no mercado, supervisionados pelo conselho administrativo. “É um sistema de governança corporativa que também inclui auditoria externa e controles internos”, explica Edwin Schossland, presidente do conselho de administração da Unicred União.

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