Trabalhadores da Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba (UTGCA), da Petrobras, se reúnem em assembleia às 7h desta sexta-feira para decidir se continuam ou não greve iniciada na última quarta-feira. Eles vão avaliar o andamento das negociações realizadas na quinta-feira, incluindo reunião entre o Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil e de Montagens Industriais e a gerência da unidade.
De acordo com o presidente do sindicato, Marcelo Rodolfo da Costa, 100% da unidade, somando cerca de três mil trabalhadores, está com suas atividades paralisadas. As principais reivindicações dos grevistas são o pagamento de 30% de periculosidade e melhores condições de segurança. Segundo Costa, o trabalho seria perigoso para todos os funcionários, que se submetem a riscos de acidentes.
Capas de chuva, óculos de grau e macacões fornecidos pela empresa seriam insuficientes para o número de trabalhadores, que também reclamam de realizar atividades sob circunstâncias muito perigosas e serviços externos efetuados muitas vezes sob chuva, com alta incidência de raios. "Há muita pressão das chefias quando alguém se acidenta", disse Costa. Além disso, muitos ajudantes de manutenção estariam trabalhando como oficiais.
A Petrobras afirma que apenas 50% dos trabalhadores estão parados, sendo 120 empregados diretos e os demais ligados às empresas que formam o consórcio de construtoras responsáveis pelas obras da unidade. A empresa também informa, em nota oficial, que está tomando todas as providências cabíveis para o retorno imediato dos trabalhadores às suas funções.
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