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A partir de abril, uma nova equipe de gestores deve assumir a direção da Unimed Curitiba, maior cooperativa de saúde do estado. A eleição da nova diretoria – para a gestão 2006/2010 – está marcada para 30 de março. Até agora, cinco chapas estão inscritas para participar deste que deve ser o mais concorrido processo eleitoral da sua história (o prazo para inscrição termina no dia 16). Quem vencer assumirá a responsabilidade de gerenciar um orçamento que, em 2005, chegou a R$ 620 milhões e administrar uma carteira de 370 mil usuários.

Para se ter idéia da grandeza de recursos movimentos pela cooperativa, seu faturamento foi superior, por exemplo, ao orçamento previsto pelo governo estadual para a Secretaria da Saúde em 2006 – R$ 581,10 milhões. O valor é quase cinco vezes maior que a arrecadação total da prefeitura de Guarapuava em 2005 – cerca de R$ 114,5 milhões – e equivalente à receita de cidades como Londrina e Maringá. E este valor deve crescer ainda mais.

Para este ano, a Unimed Curitiba espera incrementar em 8% seu faturamento e chegar à marca de 390 mil usuários. Até 2010, período contemplado pelo planejamento estratégico da operadora, o objetivo é faturar R$ 840 milhões/ano e ter 540 mil clientes.

Escalada

Ao longo do último ano o faturamento da cooperativa cresceu 15,4%, comparado ao valor atingido em 2004. Nos 12 meses anteriores o aumento já havia sido de 12%. "Consolidamos o quarto ano sucessivo de balanços positivos, depois de um período notadamente de turbulência entre 1997 e 2001", comemora o atual diretor comercial e de marketing da rede, Hudson José. "Assumimos a cooperativa com problemas financeiros e, por isso, a estratégia da gestão foi focada no trabalho de recuperação e melhoria da marca e dos serviços."

Como parte do plano de recuperação, a Unimed reduziu as despesas administrativas em 10% e renegociou contratos com clientes empresariais que provocavam déficit nas contas da operadora. "Passamos a vender com mais qualidade, sem se pautar apenas pelo volume, e realinhamos a carteira de usuários." Nesse processo, o número de associados recuou de 370 mil em 2003 para pouco menos de 358 mil em 2004, sem que empresa perdesse faturamento.

Também nesse período a Unimed renegociou uma dívida tributária de R$ 238 milhões com a prefeitura de Curitiba, que deve ser paga em 30 anos. "Vamos pagá-la sem inviabilizar a operação da cooperativa." Segundo o diretor, hoje a Unimed Curitiba é referência para todo o sistema e para a própria Agência Nacional de Saúde (ANS). "Com o fim desta gestão, concluímos um primeiro ciclo que deixou a cooperativa saneada, competitiva e cumprindo com rigor todas as suas obrigações fiscais e legais", diz.

Pelos cálculos da Unimed, cerca de 3.700 médicos cooperados têm direito a voto. Para realizar a eleição, a Unimed solicitou urnas eletrônicas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná. "A eleição é um processo natural, que traz modernidade para a companhia", diz o diretor. "Na prática, nada deve mudar para o usuário. Principalmente porque todos os candidatos têm como objetivo valorizar o trabalho do médico. O que melhora o atendimento na ponta do cliente."

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