O governo uruguaio chegou nesta quinta-feira (30) a um acordo com representantes empresariais e comerciais para congelar os preços de cerca de 1.500 artigos, previsivelmente até o fim do mês de outubro, como uma forma de conter a inflação.
“Isto, basicamente, vai garantir que a população tenha, por um período de tempo, a segurança de sair para fazer compras e não se deparar com um aumento dos preços”, explicou em entrevista à imprensa o presidente da Câmara de Indústrias do Uruguai, Washington Corallo.
Esse acordo voluntário se materializou em um encontro na sede do Ministério de Economia e Finanças do Uruguai, em Montevidéu, no qual estiveram presentes o ministro de Economia e Finanças, Danilo Astori; o ministro do Trabalho, Ernesto Murro e o presidente do Banco Central do Uruguai (BCU), Mario Bergara, entre outros.
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Leia a matéria completa“Tanto as câmaras empresariais, como as câmaras de importadores, as câmaras de indústrias e as grandes redes varejistas em geral estão dispostas a fazer um esforço mútuo e conjunto para que a população do Uruguai não sofra o flagelo da inflação”, acrescentou Corallo.
Catálogo
Nesta sexta (31) será divulgada a lista de preços estipulada de um catálogo de produtos que compreende vários tipos de alimentos, bebidas e artigos de limpeza.
Segundo Corallo, este acordo “talvez possa chegar até outubro” e com a possibilidade de alguma revisão por parte do governo para incorporar algum artigo novo.
Os empresários acreditam que, com essas medidas, a inflação será controlada e que o governo do presidente Tabaré Vázquez controlará a taxa de câmbio com o dólar.
Durante uma exposição no almoço de trabalho da Associação de Diretores de Marketing, o ministro de Economia e Finanças, Danilo Astori, lembrou que em 2014 foi tomada uma medida similar, com certo sucesso, associada ao processo de desaceleração da inflação do ano passado.
“Tenho certeza que (a medida) vai voltar a ter sucesso e vamos conseguir uma desaceleração importante do processo inflacionário”, disse Astori.
Os preços no Uruguai cresceram 0,45% em junho em relação ao mês anterior e elevaram a inflação acumulada nos seis primeiros meses do ano para 5,64%. Assim, nos últimos 12 meses, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) acumulou um aumento de 8,53%.
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