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A barragem da Usina de Mauá, em Telêmaco Borba | Josué Teixeira / Agência de Notícias Gazeta do Povo
A barragem da Usina de Mauá, em Telêmaco Borba| Foto: Josué Teixeira / Agência de Notícias Gazeta do Povo
  • Barragem da Usina de Mauá, em Ortigueira.
  • Engenheiros testam a turbina 5 na Casa de Força Auxiliar da Usina de Mauá. A previsão é de que esta turbina já opere comercialmente ainda nesta semana

A Usina Hidrelétrica Mauá, localizada entre os municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira, deve entrar em atividade até o fim desta semana com a entrada em funcionamento do primeiro dos cinco geradores de energia elétrica. A informação foi confirmada por Sérgio Luíz Lamy, superintendente geral do Consórcio Energético Cruzeiro do Sul, empresa responsável pelo empreendimento. Porém, a usina deve estar em plena atividade, com todos os geradores em funcionamento, em janeiro de 2013.

O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) emitiu na última sexta-feira (19) a licença de operação da hidrelétrica, que teve um investimento de R$ 1,2 bilhão.

Para o funcionamento da usina, o Consórcio Cruzeiro do Sul, composto pela Copel com 51% de participação e pela Eletrosul com 49%, tem de garantir o cumprimento de 51 condicionantes definidas pela licença de operação. Segundo o IAP, a maior parte dessas exigência está sendo cumprida, o que levou o órgão ambiental a liberar o funcionamento da hidrelétrica.

Em nota, Luiz Tacísio Mossato Pinto, presidente do IAP, afirmou que a "licença de instalação tinha mais de 70 condicionantes. Elas teriam que ser cumpridas para que nós pudéssemos liberar a licença de funcionamento. Foi o que a gente fez, a equipe trabalhou em cima de todos os pontos apresentados, cumprindo essas etapas, a empresa estava apta a receber a licença de operação, houve um estudo significativo em cima. Com base nessa nova fase, estabelecemos 51 novas condicionantes, algumas para serem cumpridas em um mês, outras levam anos e nós vamos ficar em constante vigilância e fiscalização. A empresa vai ter que cumprir para que ela possa depois buscar a renovação da licença de operação. Há um acompanhamento com relatórios mensais".

Para o superintendente do consórcio, "a grande maioria das 50 condicionantes colocadas na lista de operação são aderentes com o projeto básico ambiental da usina. O IAP não está exigindo nada que ele não exigiria normalmente", explica Lamy. Contudo, dois dos condicionantes devem ser discutidos com o IAP, segundo o superintendente: "Um deles foi uma surpresa; a criação de um Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas). O empreendimento tem operando um Cetas provisório até o enchimento do reservatório. Depois disso não há mais nenhuma interferência da obra aos animais", afirma Lamy. A segunda é a exigência de fazer uma averbação de reserva legal, que o superintendente afirma que o consórcio não está obrigado a fazer de acordo com a legislação.

O funcionamento

Sérgio Luíz Lamy explica que o fato da licença ter saído na sexta feira passada não afetou em nada o cronograma do empreendimento, pois o consórcio já tinha duas autorizações anteriores que permitiam seguir as etapas. "Eu tinha a autorização para encher o reservatório fechando as comportas dos túneis de desvio dos rios desde o dia 28 de junho", revela o superintendente.

A etapa seguinte foi, de acordo com Lamy, aguardar o reservatório atingir a cota mínima operacional, o que só ocorreu no inicio de outubro. Então o Cruzeiro do Sul recebeu do IAP a autorização para testar as máquinas, ou seja, os geradores. "Temos cinco unidades geradoras, três de capacidade maior que ficam numa ‘Casa de Força Principal’ e duas unidades que em outra ‘Casa de Força Complementar", explica Lamy.

O enchimento da barragem levou mais tempo que o esperado pelo consórcio, o que só permite os testes apenas das turbinas menores usando o volume morto (aquele abaixo da cota mínima operacional).

Previsão

Até o final desta semana um dos geradores já estará em operação comercial segundo Lamy. Na primeira semana de novembro deve iniciar a operação comercial da primeira unidade grande antes do dia 10 de novembro, de acordo com a previsão do Cruzeiro do Sul. A segunda unidade grande deve estar em operação no máximo até o início de dezembro e a terceira até o final de dezembro. A segunda unidade pequena deve ser ativada só no inicio de janeiro.

Juntos, os geradores tem uma potência instalada de 361 megawatts, suficiente para suprir uma população de aproximadamente um milhão de pessoas.

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