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A UEG entra em fase de pré-operação depois de quase 4 anos de sua finalização, em 2002. Inicialmente, era controlada pela empresa americana El Paso, que detinha 60% das ações. A Petrobrás e a Copel controlavam, cada uma, 20%. Logo que assumiu, o governador Roberto Requião suspendeu os pagamentos da Copel à usina, referentes ao contrato de compra de energia no sistema "take or pay" (pague mesmo que não use), afirmando haver defeitos na termelétrica que impediam seu funcionamento. Com o cancelamento, o governo do estado calcula ter economizado R$ 844 milhões até dezembro de 2005. Por causa da suspensão dos pagamentos, a Copel enfrentou três anos de contenda judicial, em que a El Paso cobrava US$ 827,5 milhões. Para não perder a ação, a Copel acabou adquirindo a termelétrica por R$ 416 milhões, depois de já ter investido R$ 140 milhões em aportes no negócio e R$ 75 milhões com a compra de energia antes da suspensão do pagamento. O diretor da consultoria Enercons, Ivo Pugnaloni, era diretor de distribuição da Copel à época da transição de governo e considera a instalação da usina e de outras ao redor do país uma manobra internacional para tornar o Brasil dependente do gás boliviano. "Faria muito mais sentido investir em hidrelétricas", diz. A decisão de construir termelétricas foi tomada no governo Fernando Henrique, para evitar novos racionamentos de energia. (HC)

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