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Autorizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Companhia Paranaense de Energia (Copel) iniciou estudos de viabilidade econômica e impacto ambiental para a construção de usinas hidrelétricas no Rio Piquiri. O rio, que nasce na região Centro-Sul do estado e é um dos principais afluentes do Rio Paraná, poderá ganhar 14 pequenas usinas.

A ideia, no entanto, enfrenta resistência de ambientalistas, estudantes, pesquisadores, lideranças de setores organizados e do Ministério Público (MP). O assunto será debatido no dia 31 de agosto em um simpósio promovido pelo câmpus da Universidade Federal do Paraná (UFPR) em Palotina. Integrantes das coordenações nacional e estadual do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) também participarão do evento.

O professor Carlos Eduardo Zacarkim, que integra a comissão organizadora do simpósio, diz que a maioria da população dos municípios cortados pelo Piquiri é contra o barramento do rio para a construção das usinas.

O MP solicitou à UFPR um estudo sobre possíveis impactos que o uso dos recursos hídricos para a geração de energia elétrica poderão causar. Para Zacarkim, o impacto será negativo. Segundo ele, o Piquiri é um dos poucos afluentes do Rio Paraná ainda livres de hidrelétricas.

Uma das preocupações dos ambientalistas é de que a instalação de usinas possa afetar o potencial turístico do rio e sítios históricos e arqueológicos. Os impactos no ecossistema, de acordo com o professor, precisam ser amplamente debatidos. Segundo ele, a região tem solo extremamente fértil e que desaparecia, em parte, devido ao alagamento para a construção das usinas.

A Copel informou que está realizando apenas os estudos autorizados pela Aneel, o que não significa que será ela a responsável pela construção das usinas se ficar comprovada a viabilidade econômica, técnica e ambiental para a execução das obras. Antes da construção, eventuais projetos teriam de ser liberados pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e licitados pela Aneel.

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