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O publicitário Marcelo Higinio acredita que o Plus é uma “oportunidade para começar de novo” nas redes sociais | Antônio More/ Gazeta do Povo
O publicitário Marcelo Higinio acredita que o Plus é uma “oportunidade para começar de novo” nas redes sociais| Foto: Antônio More/ Gazeta do Povo

Repercussão

CEO do LinkedIn aposta no fracasso do Plus

O CEO da rede social de contatos profissionais LinkedIn, Jeff Winer, considera a tentativa do Google de criar sua própria rede como "desnecessária". Na semana passada, o executivo disse acreditar que o Google Plus terá vida curta em função da falta de tempo livre dos usuários. Para ele, o Facebook já cumpre o papel de plataforma para os relacionamentos sociais, enquando o LinkedIn tem função profissional e o Twitter para o compartilhamento de conteúdos e mensagens. Analistas, entretanto, apontam a novidade do Google como mais uma opção neste segmento e avaliam que a plataforma pode conquistar o seu próprio espaço.

Criador do Facebook é o mais popular usuário do concorrente

O criador do Facebook, Mark Zu­­ckerberg, é o mais popular usuário do Google+. Ele está nos círculos de 185 mil pessoas. É mais popular do que Larry Page, criador e CEO do Google (que está nos círculos de 94 mil pessoas) e Vic Gundotra, criador da rede social, que foi adicionado por 47 mil usuários.

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Mais de 10 milhões já estão em círculos

Até agora, o Google tem divulgado as informações sobre o Plus a conta gotas. Recentemen­te, a empresa abriu um cadastro para empresas interessadas na elaboração de páginas corporativas na nova rede social. O sistema, no entanto, está em fa­­se de testes e servirá apenas a em­­presas pré-selecionadas por­­ meio de um cadastro. A própria plataforma, segundo a as­­ses­­soria de imprensa do Google no Brasil, ainda está em sua versão Alfa (fase de testes), com aces­­so limitado a alguns usuários através de um sistema de "convites" – mesma estratégia usada quando do lançamento do Gmail, Orkut e Wave, nas duas primeiras, com sucesso.

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  • Confira o perfil dos usuários do Google Plus

Fazer parte de um seleto círculo de pessoas, cercado de mistérios e especulações, do qual só participa quem é convidado por algum membro, pode ser uma experiência empolgante para muitos; mas não necessariamente para os usuários do Google Plus, a nova rede social da gigante de buscas na internet.

Ainda em fase de testes, a plataforma tem atraído muitos curiosos, mas ainda é cedo para dizer se ela tem potencial para ser substituta de sua principal concorrente, o Face­book. Por enquanto, nem mesmo o próprio Google sabe dizer ao certo a que veio a novidade. Mas mesmo os usuários menos empolgados não ousam subestimar a ferramenta. "É tudo muito nebuloso ainda. Não tem como apontar se vai ‘pegar’ ou não. É in­­­­teressante ver que as pessoas estão entrando na nova rede por experiência, mas nem tanto para substituir outras redes sociais", avalia o publicitário Marcelo Higinio, usuário do Google+.

Para ele, o fato de a ferramenta ter o DNA da Google é um indício de que o sistema ainda tem um grande potencial a ser explorado. "Dá para perceber que ela não chegou para brincadeira", diz. O usuário aponta a rede co­­mo uma oportunidade de "co­­meçar de novo" nas redes sociais, com a possibilidade de organizar amigos em círculos de afinidade – possibilitando o compartilhamento de conteúdos segmentados. "O sistema traz novos comportamentos à rede. O problema, reconhecido pelo próprio Google, é que o Plus não está pronto. Portanto, não dá para saber aonde ele pode chegar", diz. Ele não tem dúvidas, no entanto, que o site tem um potencial muito gran­­de e pode criar um jeito diferente de usar as redes sociais.

O também publicitário Gustavo Ribas conta que entrou na rede após o convite de um amigo. Usuário avançado das redes sociais Facebook e Twitter, ele diz que resolveu experimentar o Google+ movido pela curiosidade. "Ainda estou co­­nhecendo, mas não vejo o Plus como o subs­­tituto do Facebook, por exemplo. O problema é que, pa­­ra compartilhar conteúdo, acabo tendo de trabalhar do­­brado", diz. "Falta tempo para administrar duas redes sociais ao mes­­mo tempo e, como todos meus amigos já estão no Fa­­cebook, aca­­bo nem usando o Plus. Há mais de uma semana que não posto nada por lá."

Segundo Ribas, a possibilidade de organizar os contatos em círculos, apontado como um dos diferenciais da nova rede, acaba não tendo tanta importância. "Nas redes sociais todo mundo é amigo e pronto. Ape­­sar de ter dividido os contatos em círculos de família, colegas e conhecidos, tudo o que postei até agora foi compartilhado com todos, portanto, não faz sentido dividir", avalia.

Antiga usuária do Google Wa­­ve – plataforma da empresa que buscava integrar e-mail, redes sociais e comunicadores instantâneos e acabou fracassando –, a web designer Tatiane Rodrigues Bortolan diz que não se surpreendeu com a nova rede. "Todo mundo ficou na expectativa, mas o Plus tem a mesma cara do Wave, apenas com aprimoramento nas funcionalidades. Percebo que muita gente está se cadastrando, mas ainda não tem muito conteúdo postado. Ainda falta vida, não tem aquela dinâmica das redes sociais", avalia.

Para Tatiane, é mais uma rede social e uma senha para acumular. "Por enquanto, não descobri a utilidade real. Ainda falta mostrar a que veio, mas pode surpreender. O próprio Facebook demorou para emplacar, já que muitos usuários resistiam em abandonar o Or­­kut", lembra. "Com o Plus pode acontecer a mesma coisa."

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