• Carregando...

Pressionado pelos aposentados e sem apoio de parte da base aliada, o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), vai começar hoje, com a leitura de seu relatório, o processo de votação da polêmica medida provisória que trata do reajuste dos benefícios previdenciários acima do salário mínimo. Sem ter o relatório concluído, Vaccarezza vai tentar, até o último minuto, fechar um acordo com a base aliada em torno de um aumento de 7%. Deputados e senadores, no entanto, já deixaram claro que defendem uma correção de 7,71%.

"Se a base quiser uma vitória, deve aprovar os 7%. Se quiser 7,7%, vai derrotar o governo. E essa será uma sinalização do que fará o presidente Lula", afirmou Vaccarezza, sugerindo que haverá veto presidencial para o reajuste de 7,7%.

O presidente da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), já avisou que vai insistir na apreciação da emenda que prevê uma correção de 7,71% . "A proposta de 7% não terá apoio de ninguém. Queremos votar os 7,71%. Não adianta insistir", afirmou Paulinho. Segundo ele, já existe um acordo com o Senado para aprovação dos 7,71%. "Se o governo não admitir um reajuste maior, vai ser derrotado", destacou.

Segundo Vaccarezza, se não houver acordo com a base aliada do governo em torno de um aumento de 7%, ele manterá o texto original da MP que prevê a correção de 6,14%. Na semana passada, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que o governo iria insistir no reajuste de 6,14%, valor que está sendo praticado desde janeiro.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]