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Rio – A Companhia Vale do Rio Doce não está preocupada com um eventual desaquecimento da economia chinesa. Ao contrário, a mineradora espera ampliar para inéditos 100 milhões de toneladas a venda de minério de ferro para o país em 2007. O volume, além de ser 31,5% superior ao exportado em 2006, irá representar um terço das vendas totais da companhia este ano.

O diretor executivo de Finanças da mineradora, Fábio Barbosa, avalia que não há nenhum sinal até agora de desaceleração da economia chinesa. "Nós estamos acompanhando de perto. O presidente (da Vale, Roger Agnelli) esteve na China na semana passada", disse. E completou: "Não houve redução nos embarques dos nossos produtos".

Barbosa não acredita que os planos do governo chinês de reduzir o ritmo de crescimento da economia local se concretizem. "O governo já tentou antes e não conseguiu. (...) A economia chinesa vai continuar andando forte", concluiu.

Lucro recorde

A Vale anunciou nesta semana um lucro de R$ 13,431 bilhões em 2006. Apesar de ter batido mais um recorde histórico, a mineradora teve desempenho abaixo do que esperava o mercado. Projeções de analistas de bancos e corretoras, como ABN Amro, Ágora e Brascan, indicavam resultado R$ 1,5 bilhão maior. Mesmo assim, o novo recorde de lucro, receita, geração de caixa e produção foi comemorado pela empresa.

A Vale calcula que seu valor de mercado aumentou em mais de US$ 75 bilhões nos últimos seis anos e destaca que o retorno total aos acionistas chegou a 42,7% ao ano no período de 2001 a 2006.

O lucro de 2006 correspondeu a um aumento de 28,6% em relação aos R$ 10,443 bilhões apurados em 2005. Um dos principais motivos foi o aumento de 19% nos preços do minério no início de 2006. A receita líquida atingiu R$ 46,746 bilhões, o que representa uma alta de 32,2% frente ao ano anterior. No detalhamento de seu desempenho, a companhia destaca as vendas de minério de ferro e pelotas, os principais produtos do grupo, que bateram o recorde de 272,6 milhões de toneladas e tiveram como um dos principais destinos o mercado chinês.

Também a compra da mineradora canadense Inco, por quase US$ 18 bilhões, em outubro do ano passado, foi destacada na nota. A operação elevou o endividamento da Vale de US$ 5 bilhões em 2005 para US$ 22,5 bilhões no final de 2006.

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