Vale e Petrobras poupam Ibovespa de queda mais acentuada

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O principal índice das ações brasileiras fechou em queda pelo segundo dia seguido nesta sexta-feira (15), permanecendo no menor nível desde maio de 2010 apesar da alta das ações de maior liquidez antes do vencimento de opções.

O Ibovespa recuou 0,34%, a 59.478 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 5,7 bilhões de reais. Na semana, o índice acumulou queda de 3,3%.

O mercado brasileiro tem sofrido com a aversão global a risco por causa da crise da dívida na Europa e do impasse sobre o déficit dos Estados Unidos. Além disso, a alta dos juros no Brasil, que deve prosseguir com a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) na semana que vem, também tira fôlego das ações nacionais.

Para Pedro Galdi, analista da corretora SLW, o Ibovespa só não caiu mais por causa do vencimento de opções sobre ações, na segunda-feira, que deu algum suporte a ações de maior liquidez como Vale e Petrobras.

"O mercado tem espaço para cair até 58 mil (pontos)."

A ação preferencial de Vale teve alta de 0,17 por cento, a 45,88 reais, e o papel equivalente de Petrobras avançou 0,17 por cento, a 22,99 reais.

A petrolífera OGX, que também tem peso relevante sobre o Ibovespa, subiu 1,24 por cento, a 13,90 reais.

Na parte de baixo do Ibovespa, as ações da siderúrgica Gerdau tiveram a maior desvalorização do dia, de 3,18 por cento, a 14,62 reais.

Fora do índice, Cetip disparou 7,58 por cento, a 26,25 reais. Na noite de quinta-feira, a Intercontinental Exchange acertou a compra de 12,44 por cento das ações da Cetip por 512 milhões de dólares.

"Vemos esse acordo como extremamente positivo, reforçando nossa visão muito positiva sobre a Cetip. Reiteramos nossa recomendação "outperform" (acima da média de mercado), com preço-alvo de 33,80 reais", escreveram os analistas Carlos Firetti, Rafael Frade e Bruno Chemmer, do Bradesco BBI.