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Rio de Janeiro – A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) anunciou ontem um investimento de US$ 6,3 bilhões em 2007. É o maior volume de recursos da história da empresa em crescimento orgânico, isto é, sem levar em conta os valores pagos em aquisições. Do total previsto para este ano, US$ 1,5 bilhão serão desembolsados na subsidiária CVRD Inco Limited, criada após a aquisição da mineradora canadense Inco, negociação fechada no final do ano passado. A Vale também divulgou outra marca histórica, o pagamento de dividendos aos seus acionistas no valor de US$ 1,65 bilhão.

Do total a ser investido pela Vale este ano, US$ 4,6 bilhões, ou 72% do total, terão como destino o Brasil. Os 28% restantes, cerca de US$ 1,7 bilhão, serão desembolsados em outros países, como África, Canadá, Indonésia e Nova Caledônia, uma possessão francesa na Oceania onde a mineradora brasileira tem uma mina de níquel.

Pela primeira vez para a empresa, os investimentos em minerais não ferrosos, de US$ 2,2 bilhões, serão maiores que os desembolsos na exploração de minério de ferro, de US$ 1,6 bilhão De acordo com o presidente da companhia, Roger Agnelli, não se trata de uma mudança de foco. "A Vale tem reservas gigantes de minério de ferro, que sempre será a principal atividade da empresa", afirma o executivo, acrescentando que essa diferença ocorrerá porque os grandes projetos de minério de ferro já foram executados.

No ano passado, a Vale investiu US$ 4,5 bilhões em expansão e US$ 21,5 bilhões em aquisições, a principal delas a compra da Inco, que envolveu US$ 19 bilhões. Deste total, US$ 17,8 bilhões foram pagos pela mineradora canadense e US$ 1,2 bilhão é o valor da dívida líquida da Inco. Outras três aquisições foram realizados pela Vale no ano passado: Caemi (US$ 2,4 bilhões), Rio Verde Mineração (US$ 47 milhões) e Valesul (US$ 27,5 milhões).

Apenas em crescimento orgânico, a companhia investiu US$ 3,2 bilhões em 2006. "Espaço para novas aquisições existe, mas depende da oportunidade e, sem dúvida nenhuma, da qualidade do ativo. E depende também do mercado", avaliou Agnelli. O executivo, porém, considerou que a principal estratégia da mineradora, atualmente, é no crescimento orgânico.

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