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As empresas de capital aberto da América Latina já perderam, este ano, US$ 105,3 bilhões em valor de mercado. O levantamento foi feito pela Economática com as 694 empresas de capital aberto com maior liquidez nas bolsas latino-americanas. A queda é 9,7% no período entre 1º de janeiro e 9/3.

Segundo o levantamento, a perda equivale a uma Petrobras: na segunda-feira, o valor de mercado da estatal era de US$ 107 bilhões. A empresa que mais perdeu valor na região foi a America Móvil, empresa de telecomunicações mexicana pertencente ao bilionário Carlos Slim e controladora da Claro. Com valor de mercado de US$ 53,4 bilhões no fim do ano passado, estava cotada a US$ 42,2 bilhões nesta semana, uma perda de US$ 11,2 bilhões (21%).

Em seguida vieram a argentina YPF, a Telefs do México, Itaú-Unibanco no Brasil, e o Wal-Mart mexicano.

O mercado com maior queda foi o argentino, caindo 35,5% no ano. As 66 empresas argentinas avaliadas passaram de US$ 46,7 Bilhões para US$ 30,1 neste ano. Já em valores absolutos a pior situação é das empresas mexicanas. As 88 companhias avaliadas perderam US$ 69,9 bilhões, o que representa 29,1% de seu valor total.

As empresas brasileiras também estão em baixa no período, porém foi a queda menos acentuada do continente: as 309 companhias abertas avaliadas perderam 2,4% de seu valor. "Como a valorização cambial desde o início do ano foi de 1,76%, não foi uma queda causada por variação cambial. Houve perda real", explica Fernando Exel, diretor-presidente da Economática.

A maior queda entre as brasileiras foi do Itaú-Unibanco, que começou o ano com valor de US$ 41,4 bilhões e esta semana valia US$ 35,1 bilhões, uma queda de US$ 6,3 bi ou 15,4% no ano. "O valor absoluto da queda é grande porque os valores desta empresa são todos grandes", diz o CFO do banco, Sílvio Carvalho. "Já em porcentual, nossa queda não foi tão forte, e pode ser revertida de acordo com a melhoria das condições econômicas. No mundo todo, as empresas financeiras sentem os efeitos da crise".

Em alta

Apenas dois países tiveram saldo positivo, de acordo com o levantamento: Chile (115 empresas) e Venezuela (17 empresas). "A Venezuela tem uma bolsa controlada, portanto é difícil compará-la. Já o Chile apresentou alta provavelmente por ter a economia menos afetada pela crise do que os outros países da América Latina", diz Exel.

Individualmente, a empresa com maior valorização nominal no período é a Petrobras. Em 2009, a empresa passou de US$ 95,8 bilhões para US$ 107,3 bilhões, ou seja, US$ 11,5 Bilhões de crescimento (12 %). Apesar da alta, a empresa ainda não voltou aos níveis que se encontrava no ano passado. No dia 20 de maio de 2008, dia em que o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) bateu recorde de pontuação, o valor de mercado da Petrobras era de US$ 303,6 bilhões.

A lista das empresas com resultado positivo em 2009 continua com a Vale, Aracruz, Vivo e a chilena Sqm.

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