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Gianfranco Beting, da Azul: empresa passa por “área de instabilidade” | Pedro Serápio/ Gazeta do Povo
Gianfranco Beting, da Azul: empresa passa por “área de instabilidade”| Foto: Pedro Serápio/ Gazeta do Povo

Novata

Sol inicia a venda de passagens

Luiz Carlos da Cruz, correspondente

Cascavel - A Sol Linhas Aéreas, nova empresa de aviação regional com sede no Paraná, iniciou ontem a venda de passagens para as rotas que atenderão as cidades de Cascavel, Curitiba, Maringá e Foz do Iguaçu. O voo inaugural será no dia 12 de outubro, saindo de Cascave com destino a Curitiba. Inicialmente, a empresa terá três voos diários de ida e volta entre Cascavel e a capital. O empresário Marcos Solano, presidente da empresa, afirma que a Sol veio para contribuir com a integração e o desenvolvimento da região. "Nossa meta é voar com 75% dos lugares ocupados", enfatizou. A companhia paranaense vai operar com uma aeronave turboélice, fabricada na República Tcheca. O avião, modelo Let 410, tem capacidade para 19 passageiros. A empresa pretende operar com cinco aeronaves até dezembro e expandir as rotas para as cidades de Pato Branco, Londrina, Guarapuava, Francisco Beltrão, Umuarama e Chapecó.

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Pouco mais de oito meses depois da primeira decolagem, a Azul Linhas Áreas passa por uma "área de instabilidade", de acordo com seu diretor de marketing, Grianfranco Beting. "Estamos enfrentando uma guerra tarifária imposta pelas nossas principais concorrentes. Mas já sabíamos que isso iria acontecer e estamos capitalizados, preparados para seguir. Não vamos ser aniquilados, como aconteceu com outras que tentaram enfrentar o duopólio."

Beting participou na terça-feira à noite da Feira de Gestão da FAE Centro Universitário, que acontece até amanhã em Curitiba, e citou as duas concorrentes também para explicar o sucesso da Azul, que começou a voar no Brasil em dezembro com o conceito "low-cost, low fare". Segundo Beting, a companhia tem "a qualidade da TAM e o preço da Gol". "Por isso está dando certo", diz. A empresa tem hoje 5% do mercado de aviação doméstico do país (Tam e Gol somam quase 90%) e em agosto comemorou a marca de 1 milhão de passageiros transportados. "É, sem dúvida, o crescimento mais rápido da aviação brasileira e talvez do mundo."

A estratégia da Azul é ligar destinos que atualmente não são amplamente atendidos e fazer ligações diretas entre eles, sem passar pelos grandes centros, como Rio de Janeiro e São Paulo. A principal operação da companhia é no aeroporto de Viracopos, na região de Campinas (a 100 quilômetros de São Paulo). De lá, oferece ônibus gratuito para a capital e outras cidades da região. "Nosso papel é voar para aeroportos que não estão saturados. Viracopos, por exemplo, era um gigante adormecido."

Expansão

A companhia tem hoje 12 aeronaves e mais duas devem começar a voar ainda este ano. Outras 80 já foram encomendadas, todas da Embraer, para serem entregues em até cinco anos. "Temos um plano de crescimento bastante ambicioso, mas durante esse período de operação já vimos que é possível", diz. Passada a "instabilidade", diz o diretor, a empresa pretende abrir capital na bolsa brasileira e também no exterior.

Para Beting, o mercado brasileiro de aviação ainda tem muito espaço para crescer. "As pessoas não voam hoje porque é caro e cheio de inconvenientes e de escalas. Mas o potencial é enorme", diz. "Somos 150 milhões de pessoas e apenas 50 milhões de passageiros. Nos EUA, a proporção é de 280 milhões de passageiros, para 300 milhões de habitantes."

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