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O crescimento do mercado de computadores passa por uma parceria bem sucedida entre indústria e redes de varejo. Graças, principalmente, ao projeto Computador para Todos, do governo federal, hoje as máquinas ocupam prateleiras de supermercados e lojas de departamento. Uma mudança que alterou o perfil do mercado: abriu espaço para os grandes varejistas no segmento, mas obrigou as tradicionais revendas de equipamentos a adaptarem suas estratégias.

O Magazine Luíza é um dos maiores usuários da linha de crédito oferecida pelo BNDES para financiamento dos computadores. A rede, composta por 350 lojas, já obteve R$ 80 milhões em financiamentos do banco – na sua maior parte destinados à venda de PCs da Positivo Informática, seu maior parceiro no segmento. Em 2006, o Magazine Luíza vendou 130 mil computadores, quase duas vezes e meia mais que em 2005. No mesmo período, as Casas Bahia venderam 280 mil computadores, superando em muito a marca de 2005: 126 mil unidades.

As redes supermercadistas preferem não falar em números, mas revelam porcentuais expressivos de crescimento. No BIG, a venda de PCs cresceu 70% entre 2005 e 2006. O número de notebooks vendidos aumentou 10 vezes, segundo a sua assessoria de imprensa. No Extra o aumento foi de 115% no mesmo período. A rede atribui o crescimento às ações promocionais feitas durante o ano e também às parcerias com a indústria e às opções de pagamento oferecidas aos clientes.

Com a entrada destes e de outros gigantes do varejo no segmento, as revendas de máquinas e equipamentos de informática viram parte da sua clientela sumir. "Não temos como atender o mercado com os mesmos preços que os grandes grupos, que compram muito mais e vendem computadores em série", diz o empresário Rione Rubbo, proprietário da Doctor Computer, em Curitiba. "Tivemos que nos adaptar. Mudar o foco, para não perder dinheiro e quebrar, como aconteceu com algumas empresas." Rubbo estima que a sua venda de PCs tenha caído 40% nos últimos dois anos.

Segundo o empresário, o mercado mudou completamente nos dois últimos anos. Mas a compensação veio em outros serviços. "Estamos mais focados em assistência técnica e venda de acessórios. E também no mercado corporativo."

Roni Hauer Piekarz, proprietário da Log Computadores, também diz que a saída para encarar a mudança foi o foco no segmento corporativo e a melhoria no atendimento e na prestação de serviços. "Em preço até podemos competir. Mas temos dificuldade para oferecer linhas de crédito."

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