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O consumo do brasileiro tropeçou em junho, mas deve mostrar recuperação já em julho -garantindo um aumento das vendas do comércio superior ao visto em 2005 e um Natal positivo.

A recuperação, no entanto, não deve ser disseminada: enquanto alguns setores estão menos otimistas por causa do real forte, como o de vestuário, outros prevêem números recordes pelo mesmo motivo, caso do comércio popular.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta quarta-feira que as vendas do comércio varejista brasileiro caíram 0,38% em junho frente a maio.

- A economia está passando por uma fase de recuperação. Houve uma escorregada em junho, mas essa escorregada foi pontual - afirmou Aloisio Campelo, economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), citando a diminuição dos dias úteis em razão da Copa do Mundo.

A expectativa de mais fôlego a partir de julho deve-se sobretudo ao impacto do aumento do salário mínimo, que deve ser sentido com mais intensidade nesta segunda metade do ano, ao efeito da queda do juro, aos maiores gastos do governo em um ano eleitoral e à maior confiança do consumidor.

Camila Saito, economista da Tendências Consultoria, prevê que as vendas no comércio do país subirão 5% em 2006, depois da alta de 4,8% no ano passado.

O segundo semestre costuma ser mais forte para o varejo devido ao Natal, a melhor época do ano para o setor. As compras da Associação Brasileira de Importadores de Produtos Populares (Abipp) já começaram, visando as festas de final de ano, que devem ajudar o setor a registrar um faturamento recorde.

O faturamento dos importadores deve atingir R$11 bilhões - equivalente a R$160 milhões de unidades importadas, das quais 70% serão vendas de fim de ano.

- O produto popular trabalha com épocas sazonais. Sem dúvida, o maior volume se dá no segundo semestre porque é quando tem Dia das Crianças e Natal - disse o presidente da Abipp, Gustavo Dedivitis.

As importações representam 40% do comércio popular brasileiro e 90% delas vêm da China, segundo a associação.

- O que atrai é o custo/benefício. São produtos baratos, de R$ 1 a R$ 20 - afirmou Dedivitis, acrescentando que o faturamento não será maior devido à frustração das vendas na Copa do Mundo com a derrota do Brasil.

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