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A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter a taxa básica de juros inalterada em 10,75% ao ano era esperada pelo mercado.

A manutenção dos juros acontece após três aumentos consecutivos. O Copom começou a subir a taxa básica da economia brasileira em abril, e depois promoveu mais duas elevações em junho e julho deste ano. Antes disso, os juros estavam em 8,75% ao ano, a mínima histórica. Deste modo, a subida total dos juros em 2010 foi de dois pontos percentuais.

Veja o que analistas de mercado e entidades civis acharam da decisão do Copom:

Evaldo Alves, professor de Economia da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (EAESP/FGV)"Era esperada (a manutenção da Selic) por uma boa e simples razão – aquele surto inflacionário que ocorreu no começo do ano já mostra que foi dissipado. Temos que nos precaver porque estamos nos aproximando do fim do ano, um momento de aumento da renda, por conta de 13.º salário e da distribuição de alguns bônus. Então, para a próxima reunião, embora a tendência seja de manutenção, talvez apliquem um corretivo, mas tudo vai depender do comportamento da inflação." Alcides Leite, professor da Trevisan Escola de Negócios"Foi uma decisão esperada porque há uma redução da pressão inflacionária. Não há mais perspectiva de, nos próximos meses, ter risco da taxa de inflação se afastar muito do centro da meta. Foi uma decisão correta, a meu ver, e o que precisa daqui para frente é aumentar o investimento, porque só assim o Brasil pode crescer a taxas de 5% ou mais, por um período prolongado, sem ter pressão inflacionária."

Otto Nogami, professor de Economia do Insper (ex-Ibmec São Paulo)"A grande preocupação do mercado estava em torno da pressão inflacionária, mas como as prévias, pelo menos o IPC semanal, apesar de ser negativo, mostrar uma deflação, sinaliza que está diminuindo e deixa as autoridades tranquilas. Por isso é interessante manter a taxa de juros neste patamar. Há uma expectativa para o próximo ano, vamos estar um pouco acima da meta, de 5%. Acho que, preventivamente, o Banco Central podia ter aumento um 0,25%, para sinalizar que está atento. Para o governo interessa a manutenção neste patamar."

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