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As vendas totais de veículos no mês passado caíram 5,5% na comparação com março, mas, ainda assim, foi o melhor abril da história, com 289,2 mil unidades negociadas. Além disso, pelo critério de média diária, as vendas subiram 4,4% sobre março – que teve dois dias úteis a mais que abril. Esse comportamento mostra que o mercado ainda está aquecido, mesmo que em ritmo mais lento, apesar das medidas de contenção de crédito anunciadas pelo governo federal desde o fim do ano passado – a mais recente foi a alta do IOF, de 1,5% para 3%.

Em relação a abril de 2010, as vendas aumentaram 4%. No ano, os licenciamentos somam 1,114 milhão de veículos, um recorde, com alta de 4,5% em relação aigual período de 2010. Desse total, 1,05 milhão são automóveis e comerciais leves, segmento que teve elevação de 3,7% nos negócios.

A tendência, na avaliação de analistas, é de estabilização de vendas nos próximos meses.

Disputa

"Há uma briga voraz no mercado para manter participação e as empresas seguem com várias ofertas, o que justifica as vendas atuais", diz o diretor da consultoria ADK, Paulo Roberto Garbossa. Para ele, nos próximos meses as vendas devem se estabilizar entre 250 mil e 280 mil unidades.

Na opinião do economista Ayrton Fontes, da MSantos, que assessora lojas de varejo de veículos, as montadoras também estão promovendo campanhas de vendas junto a frotistas. Ele afirma já ver um "esgotamento do poder de compra dos consumidores endividados no início do ano, cujo reflexo se fará sentir a partir de agora".

Com o mercado interno ainda em crescimento e as exportações em lenta recuperação, a indústria de veículos contratou no primeiro trimestre 3,5 mil pessoas e encerrou março com 139,5 mil funcionários. O quadro só é inferior ao de 1989, quando as montadoras empregavam 143,6 mil pessoas.

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