• Carregando...
Os iPhones representaram 10% dos 63,2 milhões de smartphones vendidos no Brasil em 2015 | Andrew Burton/AFP
Os iPhones representaram 10% dos 63,2 milhões de smartphones vendidos no Brasil em 2015| Foto: Andrew Burton/AFP

As vendas do iPhone cresceram apenas 0,4% no último trimestre do ano passado, o menor ritmo de crescimento para o produto desde seu lançamento, em 2007. O resultado, abaixo do esperado por analistas, dá força às preocupações de que o smartphone tenha chegado ao seu limite.

De acordo com dados divulgados nesta terça-feira (26), a Apple vendeu 74,8 milhões de aparelhos nos últimos três meses de 2015, só 300 mil a mais que os registrados no mesmo período de 2014.

Apesar de a receita da companhia ter crescido 14% no trimestre, a Apple começa a sentir efeitos de mudanças nas economias ao redor do mundo – especialmente em Hong Kong, segundo Luca Maestri, chefe de finanças da companhia. “Está ficando mais aparente que nós estamos vendo alguns sinais de suavidade econômica”, disse ele à agência Reuters. “Nós estamos começando a ver coisas que não tínhamos visto antes”.

Twitter anuncia reorganização em momento difícil

Rede social perdeu quatro vice-presidentes e atravessa crise

Leia a matéria completa

No Brasil, hoje o quarto maior mercado de smartphones do mundo (atrás de China, EUA e Índia), a participação da companhia se manteve estável, segundo estimativas da consultoria Euromonitor. Os iPhones representaram 10% dos 63,2 milhões de smartphones vendidos no Brasil em 2015, índice só um pouco menor do que os 9,9% registrados em 2014. Enquanto isso, os celulares rivais munidos de sistemas Android, oscilaram um pouco para baixo, de 80,2% para 79,9%.

Preços salgados

O resultado não é desprezível para a companhia de Tim Cook, dadas as condições de seu produto no país: em meio a uma aguda crise econômica e à alta do dólar, a companhia começou a vender o iPhone 6s e o 6s Plus a preços recordes – de R$ 3.999, para o mais básico, a R$ 4.899, no mais avançado.

Um dos motivos disso é que, no Brasil, as vendas da categoria de celulares ultracaros, onde se enquadra o iPhone, não são tão influenciados pelo valor. A marca, aspecto que em que a Apple continua à frente, é mais importante.

“Os brasileiros ainda enxergam valor sentimental nos iPhones, que possuem forte relação com o status pessoal do consumidor”, afirma Leonardo Freitas, analista de pesquisa da Euromonitor. “Muitos deles acabam recorrendo ao crédito, parcelando a compra, um comportamento que tende a diminuir em 2016 diante da situação macroeconômica e da retração do poder de compra.”

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]