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21% do que a indústria brasileira de máquinas vendeu no ano passado foi para o Ministério do Desenvolvimento Agrário.

A Volvo Construction Equipment (VCE), braço de equipamentos da marca sueca, registrou queda de 8% nas vendas no Brasil em 2013, que somaram 2.654 unidades. Na América Latina, os números caíram 11%, para 3.751 máquinas.

Segundo o presidente da empresa para a região, Afrânio Chueire, a queda nas vendas se deve ao fato de a Volvo ter tido uma participação pequena nas encomendas do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). As vendas de máquinas para essas licitações representaram 21% do que o setor comercializou no ano passado. Construção e mineração representaram 82% das vendas da Volvo no mercado brasileiro em 2013.

Apesar disso, a empresa conseguiu ampliar sua participação de mercado na maioria dos mercados em que atua, como caminhões articulados, escavadeiras e minicarregadeiras. A maior delas foi em caminhões articulados, em que passou de 29% para 44,3%.

Mercado estável

As vendas do setor no Brasil somaram 30,1 mil máquinas em 2013, 14,5% mais que no ano anterior. Para o presidente da VCE na América Latina, os números de 2014 devem ficar próximos do de 2013, com a demanda sendo puxada por projetos na área de rodovias, ferrovias e aeroportos.

Chueire admite que o mercado sofreu, em meados do ano passado, com o crédito mais restrito por parte dos bancos, mas diz que a situação melhorou a partir do fim do ano. "Devemos ter um ano muito parecido com o de 2013, com vendas um pouco maiores ou menores", diz.

Mais concorrência

O mercado de máquinas para construção vem mudando no Brasil. As vendas cresceram de 5,5 mil unidades em 2005 para 26,3 mil unidades em 2012. De olho nesse setor, o número de marcas que atuam no mercado dobrou em cinco anos, para cerca de 12.

A concorrência aumentou com o aumento de importações e a instalação de novas fábricas no país. A própria Volvo trouxe para o Brasil uma linha de retroescavadeiras que era montada no México. A fábrica, localizada em Pederneiras (SP), começa a produzir em março inicialmente cerca de 600 unidades por ano.

A Volvo também instalou uma linha da marca chinesa SDLG, controlada pelo grupo, que está produzindo escavadeiras desde janeiro. A meta é montar até 600 máquinas por ano.

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