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As vendas do comércio sofrem desde o ano passado com uma combinação de inflação, desemprego e crédito restrito | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
As vendas do comércio sofrem desde o ano passado com uma combinação de inflação, desemprego e crédito restrito| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Depois de registrar avanço em fevereiro, as vendas do comércio varejista tiveram queda de 0,9% em março na comparação com o mês anterior, informou a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (11) pelo IBGE. É o pior resultado para o mês desde 2003, quando as vendas do comércio tinham recuado 2,4%.

Na comparação anual – março de 2016 contra o mesmo período do ano passado –, o varejo acumula queda pelo 12º mês consecutivo. As vendas recuaram 5,7% nessa base de comparação.

As vendas do comércio sofrem desde o ano passado com uma combinação de inflação, desemprego e crédito restrito. Esse tipo de cenário leva o consumidor a dar prioridade a produtos básico em detrimento de supérfluos e itens mais caros.

Em fevereiro, o indicador havia subido 1,2% em relação ao mês anterior. O resultado surpreendeu as expectativas do mercado, que previam queda. Na ocasião, a melhora das vendas foi puxada por bom desempenho de móveis e eletrodomésticos.

A melhora, contudo, foi pontual e insuficiente para reverter a tendência de queda observada na comparação dos dados deste ano com os do ano passado.

No primeiro trimestre deste ano, o cenário não é de melhora. As vendas acumulam queda de 7% no período em relação ao verificado de janeiro e março de 2015. O resultado é o pior já observado para um trimestre desde 2001.

As vendas de supermercado representam 50% do chamado varejo simples, que exclui material de construção e veículos. Sete das oito atividades pesquisadas pelo IBGE tiveram queda na comparação mensal.

Na passagem fevereiro para março, a queda das vendas de supermercados chegou a 1,7%. Na comparação anual, o recuo foi de 1,2%. No ano, a queda acumulada é de 2,8%.

Tecidos, vestuário e calçados tiveram o pior resultado na comparação mensal, com queda de 3,6%. Frente a março do ano passado, o recuo é ainda maior, de 14,1%. No trimestre, cai 12,9%.

Veículos

As vendas do chamado varejo ampliado, que inclui material de construção e veículos, também caíram. Na comparação mensal, o recuo foi de 1,1%. No intervalo de um ano, a queda é de 7,9%. As vendas observadas no primeiro trimestre foram 9,4% menores que as verificadas no mesmo período de 2015.

Houve piora tanto no segmento de veículos quanto no de construção.

Veículos, motos e peças tiveram queda de 0,5% na passagem de fevereiro para março. Na comparação de março com igual período do ano passado, a queda foi de 11,1%. No trimestre, o recuo foi de 13,5%.

Já a construção civil amarga vendas 0,3% menores no mês. No intervalo de um ano, a queda é de 14,6%. No trimestre, o recuo é de 14,7%.

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