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Os presidentes do Peru, Ollanta Humala, e Venezuela, Hugo Chávez, assinaram neste sábado uma bateria de acordos bilaterais com ênfase no setor comercial e petrolífero que reforçam as relações após a saída do país caribenho da Comunidade Andina de Nações (CAN).

Nove documentos foram assinados em Puerto Ordaz, no estado de Bolívar (sudeste), por representantes dos dois Governos aproveitando a primeira visita oficial de Humala à Venezuela, que se desenvolveu na área da faixa petrolífera do Orinoco.

Com o cenário de fundo da região com maiores reservas provadas de petróleo no mundo, foi assinado um memorando de entendimento entre as estatais Petróleos de Venezuela (PDVSA) e Petroperú para explorar e comercializar hidrocarbonetos.

Chávez anunciou que a Petroperú passava a partir de hoje a fazer parte do grupo de petrolíferas que exploram a rica faixa petrolífera do Orinoco após sobrevoar a região junto com Humala.

Orinoco, com cerca de 300 bilhões de barris de petróleo, é a maior fonte de reservas de hidrocarbonetos do mundo, com uma extensão de 55.314 quilômetros quadrados e uma área de exploração atual de 11.593 quilômetros quadrados.

Após o anúncio da entrada da companhia petrolífera peruana na faixa venezuelana, os presidentes disseram que a PDVSA viajará para Lima para estudar os trabalhos sobre um polo petroquímico que o presidente peruano impulsiona no sul do país andino.

Os Governos de Peru e Venezuela também validaram um acordo de cooperação interinstitucional entre os ministérios de Petróleo e Mineração de ambos os países para desenvolver e promover projetos nas áreas de hidrocarbonetos e petroquímica.

Além disso, os líderes assinaram um acordo de alcance parcial de natureza comercial, que tem por objeto promover a troca comercial e a complementaridade econômica entre os dois países com preferências tarifárias recíprocas aplicáveis às importações de produtos originais de ambos os países.

Este convênio reforça especialmente a relação comercial entre ambos os países depois que a Venezuela abandonou a CAN, no dia 21 de abril do ano passado, em uma decisão adotada em 2006 depois que Colômbia e Peru iniciaram negociações com os Estados Unidos para a assinatura de Tratados de Livre Comércio (TLCs).

"Acredito que agora tenhamos uma mensagem positiva e de confiança a todos os venezuelanos e peruanos que trabalham fazendo produtos e exportando produtos para o Peru e para a Venezuela, e que neste dia estamos dando-lhes tranquilidade, um horizonte de expansão para que continuemos trabalhando o comércio bilateral", disse Humala.

O presidente peruano espera que o comércio bilateral continue crescendo de maneira exponencial nos próximos anos, "o que beneficiará ambos os povos e dará mais trabalho".

Outro acordo assinado entre os ministros de Chávez e Humala tem a ver com a "regularização dos cidadãos peruanos na Venezuela", documento comemorado especialmente pelo peruano.

"Creio que estes convênios vão permitir melhorar a situação dos peruanos e venezuelanos que se encontram em ambos os países", disse após a assinatura.

Humala chegou a solo venezuelano, especificamente ao estado de Bolívar no começo da tarde e foi recebido por Chávez e por parte de seu Gabinete com honras militares.

Chávez reiterou que antes de Humala chegar ao Governo, as relações entre Peru e Venezuela não avançavam e que com apenas 100 dias de mandato, o presidente peruano tinha conseguido grandes avanços.

O venezuelano manifestou a predisposição de seu país em apoiar o Peru em matéria de luta contra a exclusão social, especificamente com os programas de alfabetização.

O da assistência em matéria social foi um dos pontos de acordo entre os dois Governos, assim como em cooperação em assuntos de proteção civil e prevenção de desastres, e em educação, com a promoção de bolsas de estudos.

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