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Veja a evolução dos genéricos no país desde 2002 |
Veja a evolução dos genéricos no país desde 2002| Foto:

Na farmácia

Pela lei, apenas os genéricos podem substituir um medicamento de marca prescrito pelo médico na receita. Entenda a diferença entre os produtos disponíveis na farmácia:

Referência (ou "de marca")

- É um medicamento inovador, único a ser produzido durante a vigência da patente, que no Brasil é de 20 anos. Durante esse período, o laboratório que descobriu e/ou o desenvolveu o remédio tem direitos exclusivos de produção, exploração e comercialização.

Genérico

- Só pode ser produzido após expirar a patente do remédio de referência. O genérico precisa ser aprovado em testes de equivalência, que comprovam que ele é absorvido pelo organismo na mesma velocidade que o medicamento de marca. O genérico apresenta na embalagem apenas o nome do princípio ativo e uma tarja amarela com a letra G em tamanho grande. Por lei, os genéricos são, no mínimo, 35% mais baratos que os medicamentos de referência.

Similares

- São remédios com os mesmos princípios ativos, concentração, forma farmacêutica, posologia, via de administração e indicação terapêutica dos de referência. Eles, no entanto, não passam por análises capazes de atestar se seus efeitos são exatamente iguais aos dos medicamentos de marca. Por isso, mesmo quando mais baratos, os similares não podem substituir um medicamento prescrito na receita.

Fonte: Ministério da Saúde e Anvisa.

Preços

Diferença de até 1.200% entre genéricos

Levantamento da Fundação Procon de São Paulo, realizado no fim do ano passado, constatou que o preço do mesmo produto genérico pode variar até 1.181,5% entre uma farmácia e outra. Em relação aos remédios de referência, a diferença chega a 122%. O anti-inflamatório genérico Diclofenaco sódico de 50 mg, na embalagem com 20 comprimidos, foi encontrado por R$ 0,92 na farmácia mais barata e R$ 11,79 na mais cara. Já o antibiótico de referência Amoxil, 500 mg e 21 cápsulas, custava R$ 49,18, enquanto a versão genérica (Amoxicilina) custava R$ 22,13 na mesma farmácia. (ACN)

Após apresentar um faturamento recorde em 2010, a in­­dústria de medicamentos ge­­néricos se prepara para mais um ciclo de forte crescimento com a safra de 45 patentes que expiram neste ano, representando um mercado potencial de R$ 2,8 bilhões para o setor.

Dentre os produtos que de­­vem estrear nas prateleiras com a tarja amarela e a letra "G" na embalagem estão versões de alguns dos medicamentos mais consumidos no mundo, como o anti-hipertensivo Valsartana (versão genérica do Diovan); o Rosuvastatina (Crestor), usado no combate ao colesterol; e o citrato de sildenafila, medicamento contra a disfunção erétil conhecido comercialmente como Viagra.

Para atender a essa demanda, o setor deve investir R$ 1,5 bilhão na construção de novas fábricas e na ampliação das já existentes ainda no primeiro semestre. Isso deve gerar até 2 mil empregos diretos nas áreas de produção, pesquisa e desenvolvimento durante o período em todo o pais.

"Esses medicamentos já foram submetidos à Anvisa e estão na pendência do registro, todos ainda sem versões genéricas disponíveis", explica o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos), Odnir Finotti. Segundo ele, o prazo médio entre o fim da validade da patente de um medicamento e a chegada do genérico às prateleiras é de 18 meses.

Mercado promissor

Segundo Finotti, cerca de 80% dos produtos farmacêuticos já contam com versões genéricas disponíveis. "Dá para tratar cerca de 90% das doenças comuns com produtos que custam, em média, 52% me­­nos que os remédios de referência", diz. Por lei, os genéricos devem ser no mínimo 35% mais baratos que os medicamentos de referência (remédios de marca).

Segundo dados da Pró Ge­­né­­ricos, de cada R$ 100 gastos pelos brasileiros na compra de medicamentos, R$ 17,10 fo­­ram para a aquisição de genéricos. No Paraná essa proporção é menor, de R$ 15,90. "O que não é um dado ruim, pois significa que há mais espaço para crescer", avalia Finotti.

O Paraná tem duas das maiores fabricantes de genéricos do país: a Prati-Donaduzzi, de Toledo (Oeste do estado), e a Sandoz, instalada em Cambé (Norte do Paraná). Segundo o presidente da Pró Genéricos, ambas devem apro­­veitar este ciclo de expansão do setor para realizar novos investimentos.

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