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Paris – O que antes era abstrato, agora é real: durante o Broadband World Forum (BWF), estandes abrigavam demonstrações de WiMax rodando em laptops. A tecnologia chega sob a forma de cartões semelhantes aos clássicos PCMCIA. Melhor: garantem as empresas que o WiMax será mais barato que o Wi-Fi. Já que as operadoras convencionais de telefonia fixa e móvel não querem ficar de fora da nova onda, a indústria já pesquisa formas de conectar as redes WiMax com as redes de telefonia celular – uma pode complementar a outra, sem que o cliente perca a conexão no meio do caminho, por exemplo.

Seja através de WiMax, incrementação das redes de fibras ópticas ou telefonia celular, no final das contas o saldo é sempre o mesmo: o usuário vai ganhar "n" ferramentas de comunicação, interatividade e exibição de conteúdo próprio. Esta é a conclusão do BWF.

"Na França, 8 milhões de pessoas produzem blogs; além disso, há produtos como MySpace e YouTube, onde o usuário pode publicar seu conteúdo pessoal. Mesmo países emergentes hoje são parte disso", disse Didier Lombard, presidente da France Telecom. "A chegada da banda larga vai impactar dramaticamente também a economia, especificamente a européia, mas as regulações ainda estão lerdas perto das necessidades do mercado e dos consumidores."

As declarações do presidente de uma das maiores operadoras da Europa revelam que, assim como acontece no Brasil, na Europa também a tecnologia corre muito mais rápido que a burocracia governamental. Por aqui, as licenças de exploração do WiMax, por exemplo, ainda estão paradas na Anatel, assim como a regulamentação dos serviços de terceira geração de telefonia móvel (3G).

Mas já que o usuário quer continuar assistindo ao YouTube e usando outros serviços que demandam acesso em alta velocidade, o mercado de conexão vai crescendo aos poucos. Segundo a pesquisa "Barômetro Cisco de Banda Larga", produzida pela Cisco e divulgada em agosto deste ano, o crescimento do número de acessos em banda larga no Brasil, entre abril e junho, foi de 8,7% em comparação ao trimestre imediatamente anterior. Em junho, o país contabilizava 4,743 milhões de conexões em banda larga, acréscimo de 379 mil novos acessos.

Espera-se que, até 2010, existam no Brasil 10 milhões de usuários de banda larga. Ferramentas para explorá-la não faltam, assim como ansiedade por parte dos clientes.

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