• Carregando...
Vigilantes realizaram manifestação pelas ruas centrais de Curitiba | Priscila Forone - Gazeta do Povo
Vigilantes realizaram manifestação pelas ruas centrais de Curitiba| Foto: Priscila Forone - Gazeta do Povo

Aposentados tiveram dificuldade para sacar o dinheiro do benefício

Os trabalhadores da segurança privada de Curitiba e região metropolitana vão manter a greve da categoria por tempo indeterminado. Quem precisar sacar dinheiro deve encontrar caixas eletrônicos vazios a partir desta terça-feira (3). Nesta segunda-feira (2), primeiro dia da paralisação, cerca de 130 agências bancárias ficaram fechadas na capital, segundo o sindicato. Também foram afetados bancos em Londrina, Foz do Iguaçu, Umuarama, Cascavel e Maringá.

O presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e região metropolitana, João Soares, disse que nenhum carro forte circulou para repor o dinheiro no autoatendimento dos bancos. Ao todo, 21 mil vigilantes trabalham no Paraná, dos quais 6,8 mil atuam em Curitiba e região. A adesão foi de 60% da categoria na capital.

Apesar de a paralisação não ser dos bancários, o funcionamento foi prejudicado porque sem uma segurança as agências não podem funcionar. Os grevistas realizaram uma manifestação pelas ruas centrais de Curitiba. O sindicato promete endurecer a paralisação na terça-feira. "Vamos ficar na frente das agências para convencer os que ainda não aderiram a paralisar e falar com os gerentes para fecharem as agências", disse Soares.

O sindicalista explica que há uma lei que impede que as agências bancárias funcionem sem a presença de no mínimo dois seguranças. Em nota enviada à imprensa, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região informa que apoia a greve dos vigilantes.

Campanha salarial

Os vigilantes pedem um reajuste salarial equivalente à inflação do último ano (cerca de 7%) mais 5% de aumento real, além de elevação no adicional de risco da categoria, vale-refeição de R$ 15 e uma hora de intervalo para alimentação. O piso atual dos vigilantes é de R$ 890.

A última proposta feita pelo Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado do Paraná (Sindesp), entidade patronal responsável pela negociação salarial com os vigilantes, foi de 7% sobre o piso salarial, adicional de risco, seguro saúde e vale creche, além de 10% de aumento no vale-refeição. O Sindesp garante que os índices superam a inflação projetada para o período de 1 de fevereiro de 2008 a 31 de janeiro de 2009.

Mesmo assim, a proposta foi rejeitada pelos sindicatos dos vigilantes de todo o Estado na última quinta-feira (29). Jeferson Furlan Nazário, presidente do Sindesp, informou que não deverá rever a proposta feita aos vigilantes. "Não haverá nova negociação. Vamos aguardar uma melhor avaliação por parte dos trabalhadores", diz. "O que está faltando é bom senso por parte deles", afirma.

O sindicato dos vigilantes informou que espera uma nova proposta de reajuste do sindicato patronal.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]