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No mundo

Após resultados ruins, grupo quer focar na área de entretenimento

Após resultados ruins em diversas de suas operações, decorrente da crise na zona do euro, a Vivendi vem sofrendo pressão dos investidores para concentrar a sua área de atuação, hoje dividida entre telecomunicações e entretenimento. Desde a saída do CEO Jean-Bernard Levy, em junho do ano passado, ficou claro a posição do grupo de apostar no segmento de conteúdo e mídia, que inclui empresas como a Activision Blizzard, maior produtora de games do mundo, e a Universal Music, a maior gravadora do planeta e dona dos direitos musicais de Lady Gaga, Justin Bieber e Taylor Swift, entre outros.

A venda das empresas de telecom seria uma saída para reduzir a necessidade constante de investimento, muito maior nas teles do que nas empresas de conteúdo. Apesar do foco em entretenimento, a Vivendi diz que não pretende se desfazer da SFR, segunda maior operadora de telefonia móvel da França. A empresa representa quase 40% da receita líquida do grupo.

O grupo francês Vivendi afirmou ontem não estar "com a faca no pescoço" para vender a GVT e que o negócio só irá adiante caso consiga um "valor apropriado" pela operadora brasileira.

Buscando se concentrar na área de mídia e conteúdo, o conglomerado francês planeja se desfazer de suas empresas de telecomunicações no Brasil e no Marrocos, operações que somam quase 15% da receita líquida do grupo.

A GVT representa 5% da receita, mas foi a empresa da grupo que teve o maior crescimento no ano passado, com receita de 1,716 bilhão de euros, uma alta de 18% na comparação com 2011. O bom resultado da operadora brasileira, somado às perspectivas positivas para os próximos anos, torna menos provável que a Vivendi aceite uma oferta menor do que está pleiteando, estimada em 8 bilhões de euros (cerca de R$ 20 bilhões).

"A negociação não esfriou, mas só vai se concretizar se o valor for apropriado. A GVT é o principal motor de crescimento da Vivendi", afirmou ontem o diretor financeiro do grupo francês, Philippe Capron, durante a conferência de apresentação dos resultados de 2012, de acordo com o Financial Times.

Na briga

Dos cinco grupos iniciais interessados na compra da GVT, apenas dois ainda estariam na disputa: a norte-americana Directv, controladora da Sky no Brasil, e o consórcio de investimento liderado pelo fundo americano KKR e com participação do Gávea Investimentos, do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga.

A Vi­ven­di também nego­cia sua participação de 53% na Maroc Telecom, a líder em te­lecom do Marrocos. "Ideal­mente, devemos vender uma de­las [GVT ou Ma­roc] neste ano", disse Ca­pron. "Mas não estamos com a faca no pescoço e uma liquidação não faz sentido."

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, citando fontes anônimas, a venda da GVT pode ocorrer nas próximas semanas, antes do fim de março. O jornal diz que ambos os grupos interessados acham alto o valor de R$ 20 bilhões e querem parte do pagamento em ações. Assim, a Vivendi teria de entrar como sócia direta ou indireta da empresa que adquirir a operadora.

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