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O grupo francês Vivendi informou nesta terça-feira que já detém ações representativas de 50,9 por cento do capital total da GVT, participação que poderá chegar a 62,85 por cento incluindo opções de compra ainda não exercidas.

Em fato relevante encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pela GVT, a empresa brasileira de telecomunicações disse ter sido informada pela Vivendi sobre os detalhes de contratos de opção de compra de ações firmados pela companhia francesa com a Tyrus Capital LLP.

A Vivendi informou ter contratado, junto à Tyrus, opções de compra de um total de 24,9 milhões de ações da GVT. Desse volume, 8,5 milhões de ações da GVT já foram adquiridas pelo grupo francês, enquanto as opções sobre as demais 16,4 milhões de ações da GVT poderão ser exercidas até 17 de fevereiro.

A manifestação da Vivendi ocorre após a CVM ter revelado, na noite de segunda-feira, que investigações feitas pela autarquia levantaram dúvidas sobre a capacidade de as contrapartes da Vivendi de honrar as opções envolvendo ações da GVT mencionadas em meados de novembro.

A CVM informou que suas investigações prosseguirão e que mais informações serão "prestadas ao mercado em momento oportuno".

Em 13 de novembro, a Vivendi anunciou acordo para adquirir o controle da GVT, pondo fim a uma batalha que se arrastou por meses com a espanhola Telefónica pelo ativo no Brasil.

No comunicado desta terça-feira detalhando as opções de compra de papéis da GVT, a Vivendi disse que a Tyrus confirmou à empresa que "na data de transferência das ações (da GVT) teria a plena propriedade das ações a serem entregues".

Ao mesmo tempo, o grupo francês enfatizou que "não tem legitimidade para manifestar-se sobre direitos de terceiros, como da Tyrus ou contrapartes da Tyrus", no que tange às ações da GVT.

A Vivendi fará, ainda, uma oferta pública de aquisição (OPA) das ações da GVT em circulação no mercado.

A Vivendi surpreendeu o mercado ao revelar no último dia 13 ter garantido o controle da GVT, por meio de acordo com os controladores da empresa brasileira e contratos irrevogáveis de opção de compra de ações da GVT.

A Vivendi se dispôs a pagar 56 reais por ação da GVT, depois de ter inicialmente oferecido 42 reais em setembro.

A Telefónica, por meio da subsidiária brasileira Telesp, entrou na briga e propôs pagar 50,50 reais por ação da GVT no começo de novembro, quando muitos imaginaram que a disputa estava encerrada.

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