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"A copa de 70 foi a da televisão, a de 74 da tevê em cores, a de 94 da internet, e a de 2006 vai ser a copa do celular." Foi assim que o diretor da Vivo para Paraná e Santa Catarina, André Moreira Caio, definiu o momento vivido pela telefonia móvel. A afirmação foi feita durante o Papo de Mercado, evento promovido pelo caderno de Economia da Gazeta do Povo, ontem, no Castelo do Batel, em Curitiba.

Apesar de o governo ainda não ter definido o padrão da televisão digital – o que permitiria às operadoras de telefonia móvel fazer transmissão de jogos – a Vivo está otimista com a possibilidade de fornecer imagens e som dos jogos, ainda que em pequena escala. Para Caio, o mérito da tevê pelo celular é a interatividade, o que não é o forte de uma transmissão convencional de Copa do Mundo pela televisão. "O importante neste momento é que o cliente vai poder ver lances duvidosos e entrevistas com os jogadores, só para citar alguns exemplos", diz o diretor da Vivo, única das operadoras em operação no Brasil a fechar um acordo com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para transmitir conteúdo exclusivo da Copa da Alemanha. A empresa ainda não divulgou o custo do serviço.

A transmissão de jogos da copa pelo celular não é determinante para as operadoras ainda porque dificilmente um brasileiro trocaria a tela da televisão pela tela de um celular – apesar de a resolução ser boa (no caso da Vivo, que usa tecnologia EV-DO, a resolução é garantida pela velocidade de transmissão de dados, de 2,4 megabytes por segundo). A perspectiva da Vivo, no entanto, é que os acessos a imagens pelo celular se multipliquem durante o evento, justamente pelo conteúdo exclusivo.

Em fevereiro deste ano, a operadora registrou 450 mil acessos à tevê pelo celular. Ainda não há previsão para o período da copa, mas uma coisa é certa: eventos como este impulsionam a troca de aparelhos. "Por isso os celulares continuam no topo da lista de presentes em datas como Dia das Mães e Dia dos Namorados", diz o gerente de comunicação da Vivo, João Ney Marçal Jr. Na campanha de Mães deste ano, por exemplo, a Vivo local contabilizou um crescimento de 30% na troca de aparelhos, em relação à campanha do ano anterior. E uma coisa leva a outra. Quanto mais gente tiver celular com tecnologia compatível, maior será o número de acessos à tevê pelo celular, aposta a Vivo.

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