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Na manhã de ontem, metalúrgicos fizeram protesto contra as demissões na fábrica da Volvo em Curitiba | Rodrigo Sass /Imprensa SMC
Na manhã de ontem, metalúrgicos fizeram protesto contra as demissões na fábrica da Volvo em Curitiba| Foto: Rodrigo Sass /Imprensa SMC

A Volvo do Brasil juntou-se à lista de montadoras que decidiram enxugar o quadro de funcionários na esteira da crise que assola o setor automotivo neste ano. O anúncio de que mais de 200 trabalhadores da unidade de Curitiba serão desligados neste mês motivou ontem um protesto na porta da fábrica, na CIC. Os trabalhadores voltam a se reunir em uma assembleia na manhã de hoje, às 8h, para discutir novas paralisações.

Ontem, cerca de 3 mil trabalhadores do primeiro e segundo turnos cruzaram os braços durante parte da manhã, após assembleia liderada pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC). O sindicato falava inicialmente em 300 demissões, mas a empresa, por meio de sua assessoria de imprensa, afirmou que serão cortadas 206 vagas, ainda em dezembro.

A Volvo alega que os desligamentos são uma medida para ajustar os volumes de produção à demanda e atingirão principalmente os metalúrgicos que atuam na linha de caminhões da fábrica.

Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a montadora registrou uma queda de 6% no número de caminhões comercializados entre janeiro e novembro deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. O número de licenciamentos de veículos pesados e semipesados da marca neste ano chega a 17.677 –de janeiro a novembro de 2013, foram 18.794.

Por outro lado, houve incremento de 4% no número de chassis de ônibus comercializados no período –conforme os dados da Anfavea, foram 1.568 licenciamentos neste ano, contra 1.504 ano passado.

Alternativas

O Sindicato dos Metalúrgicos defende que sejam buscadas alternativas para as demissões, como banco de horas e lay-off (suspensão temporária dos contratos). Entre maio e junho deste ano, a Volvo deu férias coletivas de 22 dias a 400 funcionários da linha de produção de caminhões semipesados – na época, a montadora afirmou que a medida foi adotada depois da revisão para baixo das projeções de vendas no mercado de caminhões.

"Nós queremos que a empresa reveja sua posição para que os funcionários entrem em férias e, no retorno em janeiro, sejam buscadas alternativas. É um momento de garantir o emprego e a empresa precisa fazer a parte dela", afirma o presidente do SMC, Sérgio Butka.

A Volvo reforça que, mesmo com as demissões, manterá um quadro de funcionários em Curitiba maior do que no ano passado. Segundo a montadora, a unidade fechou 2013 com 3.656 trabalhadores e hoje mantém 3.910 –com as demissões, o efetivo baixará para 3.704 pessoas.

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