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Édla Pavan, da Wap: “um ano atrás, pensávamos apenas em como sobreviver” | Divulgação
Édla Pavan, da Wap: “um ano atrás, pensávamos apenas em como sobreviver”| Foto: Divulgação

Uma demonstração no Mercado Municipal de Curitiba, por volta das 14h30 de hoje, marcará o lançamento de uma lavadora de alta pressão que promete eliminar odores tão fortes quanto os típicos de uma peixaria. Fabricada em São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba), a máquina é o principal lançamento neste ano de uma marca tradicional que praticamente renasceu em 2006 – e que espera fechar 2009 com crescimento de 64%. Trata-se da Wap, que, em meio a mudanças de dono, claudicou por uma década até encontrar firmeza de três anos para cá, após ser comprada pelo grupo paranaense Montana.O segredo da Wap O3, a lavadora que será lançada hoje, está no ozônio – substância que, misturada à água, é capaz de limpar e eliminar fortes odores, diz a empresa. A tecnologia consumiu investimentos de R$ 500 mil e mais de um ano de pesquisa, mas parece coisa simples perto do desafio que o empresário Gilberto Junqueira Zancopé, dono da Montana, assumiu ao comprar a marca Wap.

Nascida na Alemanha, a Wap chegou ao Brasil 35 atrás. Mas penou um bocado a partir de 1996, quando foi comprada – e logo abandonada – pela Electrolux. Ficou sem circular até 1999, quando um grupo de investidores a adquiriu e fundou a Wap do Brasil, instalada na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Por problemas administrativos, a empresa fechou seis anos depois. Foi quando Zancopé adquiriu a marca. Dono de uma companhia especializada em tratores e pulverizadores agrícolas, e nada familiarizado com lavadoras de alta pressão, ele contratou boa parte dos trabalhadores da companhia falida para "reconstruir" a Wap.

Parece ter dado certo. Dos R$ 11 milhões de 2006, o faturamento subiu para R$ 28 milhões no ano seguinte, R$ 36,5 milhões em 2008 e agora se aproxima dos R$ 60 milhões. "O curioso é que, um ano atrás, quando a crise estourou, pensávamos apenas em como sobreviver. O varejo nos falava que em 2009 as vendas cairiam de 15% a 20%", lembra Édla Pavan, diretora comercial da Wap. Problema maior foi o salto do dólar, que chegou à casa dos R$ 2,50 no início da crise, afetando toda a linha doméstica de lavadoras e aspiradores de pó, que é importada e responde por 75% das vendas da empresa – a fábrica de São José produz a linha profissional, responsável pelos 25% restantes.

"Tivemos de negociar muito com o varejo e enxugar um pouco o quadro de funcionários", conta Édla. "Mas logo no primeiro trimestre tivemos um resultado excepcional. Começamos o ano com 72 funcionários, hoje temos 96, e vamos aumentar o quadro em uns 10% até março."

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