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A empresa americana Western Union começou a operar nesta segunda-feira (10) no Brasil como banco comercial e corretora de câmbio. A formação da instituição foi aprovada no ano passado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e autorizada em maio desde ano pelo Banco Central (BC). A ideia não é instalar um grande número de agências, como ocorre em outras instituições financeiras, mas montar uma rede de agentes.

Além do pagamento de contas, os clientes poderão fazer transferência de pequenos volumes de dinheiro dentro do Brasil ou para o exterior. Não há necessidade da pessoa envolvida na operação ter conta em banco para realizar a operação. O investimento chega a R$ 54 milhões, com a instalação de infra-estrutura, tecnologia e contratação de pessoal.

"Temos atualmente 10 mil pontos de atendimento em todo o país. Queremos chegar a 30 mil em menos de 5 anos", disse o vice-presidente sênior e diretor para a America Latina e Caribe da Western Union, Odilon Almeida.

De acordo com ele, o banco vai abrir duas lojas próprias em São Paulo até o início do ano que vem. Além da transferência de recursos, a instituição pretende lançar um cartão pré-pago para viagens e operar na transferência de recursos entre empresas. No mercado doméstico, para pessoas físicas, a Western Union vai trabalhar com remessas de até R$ 1 mil.

Para uma remessa de R$ 100, por exemplo, o banco vai cobrar uma taxa de R$ 4,90. Os que fizerem remessa de R$ 500 pagarão R$ 7 pelo serviço. Quem enviar R$ 1.000 para qualquer localidade do país pagará R$ 9,90. A remessa para o exterior estará limitada a US$ 3 mil por operação, com taxa em torno de 5% do valor enviado.

"Queremos atender as pessoas que não têm contas em banco ou que não são bem servidas pelo sistema financeiro. Estima-se que 75 milhões de brasileiros, ou 40% da população, não possuem conta bancária. Quem quiser, é só ir a um posto de atendimento e enviar o dinheiro em minutos para outra localidade apresentando o registro geral (RG) e o CPF", disse Almeida.

Especializada em serviços de pagamento e transferência de recursos, a Western Union opera no país desde 1997 por meio de parcerias, entre elas com o Banco do Brasil, Bradesco e algumas redes de varejo, como Riachuelo. Um acordo com o Magazine Luiza está sendo fechado. Segundo Almeida, as remessas do exterior para o Brasil feitas pela Western Union chegam a US$ 4 bilhões por ano. No sentido contrário, do Brasil para o exterior, o volume chega a US$ 1,6 bilhão. O serviço, geralmente, é muito usado por pessoas que residem em outros países e que enviam dinheiro para os seus familiares no Brasil.

Os serviços da empresa são oferecidos por meio de uma rede de mais de 470 mil pontos de atendimento em mais de 200 países. Em 2010, a Western Union Company realizou 214 milhões de transações em todo o mundo, movimentando um capital de US$ 76 bilhões.

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