Há semanas a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), as operadoras de telefonia e os provedores de internet se envolvem em um embate no leilão de freqüências de acesso à internet em banda larga no Brasil - ação que foi suspensa pelo Tribunal de Contas da União. Mas que tecnologia pode ser tão disputada? É o WiMax, cinco letrinhas que, a curto e longo prazo, podem significar cidades inteiras conectadas à internet em alta velocidade ou até eletrodomésticos - como geladeiras, máquinas de lavar e televisores - e automóveis conversando entre si.
O WiMax é um padrão de transmissão de dados em alta velocidade, capaz de integrar ainda voz. Ao contrário do Wi-Fi - que já permite o acesso sem fio à internet veloz em lanchonetes e aeroportos -, o WiMax tem alcance maior. Enquanto o Wi-Fi atua em um raio médio de 50 metros com taxas de acesso de até 54Mbps, o WiMax pode superar os 100Mbps e cobrir áreas superiores a 50 quilômetros, bastando que sejam instalados pontos de extensão, como as atuais antenas de telefonia celular (as ERBs).
Segundo José Geraldo de Almeida, gerente de desenvolvimento de novos negócios da Motorola, o WiMax virou sinônimo de transmissão de dados e de serviços de telecomunicações a um custo mais baixo para as operadoras, o que em longo prazo se traduz em usuários usando dispositivos eletrônicos portáteis para acessar redes em alta velocidade de qualquer lugar da cidade sem que seja preciso estar à frente de um computador.
- O padrão (WiMax) 802.16e permite criar um cobertor de rede sem fio bem maior para que o usuário tenha conexão de dados de alta velocidade, como acontece por exemplo com uma rede de telefonia celular. Hoje o WiMax pode oferecer velocidade de acesso à redes sem fio no mínima 10 vezes e até 40 vezes mais veloz do que o acesso discado à internet - explicou o executivo.
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