
"A gente não quer mais parar de crescer." É com essa frase que um dos sócios e criadores da rede de baladas Woods, Charles Bonissoni, resume o pensamento da empresa para os próximos anos. A ambição faz sentido. Afinal, o Grupo WDS/SA, que engloba a rede de baladas e outros negócios, fechará o ano com um faturamento de mais de R$ 100 milhões e empregando 1,2 mil funcionários direta ou indiretamente.
A receita condiz com a ampliação do número de empreendimentos em todo o Brasil. Em 2014, já foram inauguradas três novas casas, em Campo Grande, Cuiabá e Goiânia e mais uma será inaugurada em 26 de dezembro, na cidade de Atlântida, litoral do Rio Grande do Sul. No dia 5 de dezembro, foi inaugurado o Valen Bar 18+, em Balneário Camboriú.
Ao todo, já são 16 casas em oito estados do Brasil, mais de 2 milhões de clientes por ano em todas as casas e uma ampla gama de novos negócios nos planos para 2015, incluindo uma balada em um cruzeiro próprio.
Alguns fatores contribuíram para a expansão desse negócio. Segundo o sócio Charles Bonissoni, o pioneirismo na construção de uma estrutura ainda inédita para o ritmo no país foi um diferencial. "Não existia um sistema que controlasse uma boate sertaneja, uma casa com ar-condicionado, garçons, camarotes, uma agência pra contratar cantores sertanejos e montamos tudo isso", lembra.
Segundo ele, também contribuiu para esse sucesso a explosão do sertanejo universitário no país, o que fez com que artistas de renome vissem a Woods como a referência no gênero. Hoje, diversos artistas como Sorocaba, Cristiano Araújo, Marrone e Michel Teló compraram a ideia e se tornaram sócios das casas em diversos locais pelo país.
Mas o sucesso das baladas no país só foi percebido anos depois da abertura da primeira casa em Curitiba, em 2005. "Quando abrimos em Balneário Camboriú em 2009, o Brasil inteiro passou a nos olhar, porque é uma cidade turística e pessoas de todo o país estão lá", afirma Charles.
Mas foi com a abertura da casa em São Paulo, em 2011, que a empresa explodiu na mídia e expandiu seus negócios rapidamente. Em apenas dois anos, foram oito aberturas e a consagração entre o público sertanejo.
Após uma rápida expansão nos últimos anos, Bonissoni avalia que ainda há espaço para crescimento acelerado. A aposta da empresa é que o ritmo sertanejo mantém o apelo forte , tanto no interior quanto nas capitais. "O ritmo tem a capacidade de se adaptar a outros estilos e continuar sendo atraente para o público", diz ele. "Vamos manter a estratégia de reforçar a marca com novos canais de mídia e temos o grande desafio de continuar fazendo com que o sertanejo continue sendo o que é hoje."
Mídia
Empresa aposta em sistema próprio de anúncios para reforçar faturamento
Além de apostar na promoção e divulgação de festas, a Woods possui um forte plano de marketing, que permite a colocação de anúncios de diferentes marcas em todos os veículos da empresa. Com preços e tamanhos bem definidos, o patrocinador pode optar pela rádio, revista, redes sociais ou até mesmo em banners, adesivos, divulgação e ações promocionais dentro da própria casa. As ações de marketing podem envolver até mesmo os artistas da casa.
Para o sócio da empresa, Charles Bonissoni, as propagandas realizadas dentro da casa têm o apelo de atingir um perfil bastante específico. Segundo ele, a propaganda pode ser direcionada para um público frequentador das casas bem definido e ofereceria um retorno maior com custo menor para o anunciante. "As pessoas ficam emocionalmente à vontade nas casas e quando você escuta seu artista predileto falando em uma marca, você absorve aquilo automaticamente. Não é algo que você ouve forçadamente como na TV", explica ele.



