São Paulo A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda de 0,34%, aos 53.242 pontos, ontem. O mercado chinês foi o "detonador" encontrado por investidores para embolsar os ganhos dos pregões anteriores. Até sexta-feira, a Bolsa brasileira acumulou ganhos de 20% no ano. O volume financeiro foi de R$ 15 bilhões, inflado pela oferta pública da Arcelor, que movimentou R$ 10,31 bilhões.
O dólar comercial foi negociado a R$ 1,928 para venda, em alta de 1,15%. Analistas de mercado estimam que a cotação possa cair abaixo dos R$ 1,90 ainda nesta semana, conforme surjam indicadores econômicos mais ou menos desfavoráveis. Na sexta-feira, a taxa cambial chegou a atingir o preço mínimo de R$ 1,900, num dia em que o BC realizou intervenções no mercado à vista e futuro.
A entrada de recursos continua superior à saída, tanto pelo lado comercial (exportações e importações) quanto pelo financeiro, avaliam corretores.
A taxa de risco-país, medida pelo indicador Embi+(JP Morgan), bateu os 143 pontos, número 2,87% superior à pontuação final de sexta-feira.
A derrocada do mercado chinês deu o tom. A Bolsa de Xangai encerrou os negócios em queda de 8,2%, a maior desde a terça-feira histórica de fevereiro. Desta vez, o "efeito dominó" não se repetiu pelo restante das Bolsas globais, que tiveram perdas bem mais modestas. Entre os vários motivos, apontam analistas de bancos e corretoras, o mercado consolidou uma visão menos pessimista sobre a economia americana; já existe uma percepção de que eventuais quedas no pregão chinês não necessariamente devem contaminar a "economia real", que deve crescer a taxa de dois dígitos esse ano, conforme última projeção oficial.
"Apesar de vários analistas acreditarem que uma eventual correção brusca no mercado acionário chinês não traria efeitos muito negativos para o lado real da economia, não se pode descartar que essa correção possa servir como gatilho para um movimento de realização nas Bolsas mundo afora", avalia o economista-chefe da corretora Concórdia, Elson Telles.
O banco americano Merryll Lynch, em relatório divulgado ontem, aponta que não espera mais uma redução da taxa básica de juros dos Estados Unidos ainda neste ano, como esperava uma parcela mais otimista dos investidores.
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