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Obama observa o discurso de Janet Yellen: indicação chega em um momento delicado | Kevin Lamarque/ Reuters
Obama observa o discurso de Janet Yellen: indicação chega em um momento delicado| Foto: Kevin Lamarque/ Reuters

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Janet Yellen formou-se doutora em Yale ainda nos anos 70. Agora, recebe a indicação a um mandato de quatro anos no Fed. Progressista na ideologia e democrata na política, Yellen poderá ser a primeira presidente do Fed ligada ao partido desde Paul Volcker (1979-1986). E a primeira keynesiana a dirigir a instituição que imprime o dólar. Janet é casada com George Akerlof, ganhador do Nobel de Economia de 2001.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a­nun­ciou a nomeação de Ja­net Yellen para a presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), em cerimônia na Ca­sa Branca. Janet se mostrou preocupada com a economia americana e o mercado de trabalho. "Fizemos progressos. No entanto, dois milhões de americanos ainda estão sem emprego e muitos se preocupam para pagar as contas. O Fed pode mudar essa situação se fizer seu trabalho de forma eficiente", disse.

Atual vice-presidente do Fed, Janet, 66 anos, disse irá promover pleno emprego, preços estáveis e um sistema financeiro forte e estável se for confirmada pelo Senado para comandar o banco central norte-americano. Ela tomará posse em fevereiro de 2014 em substituição a Ben Bernanke, que desde 2006 está no cargo.

Obama incitou o Senado norte-americano a confirmar Yellen no cargo assim que possível. A expectativa é de que ela seja confirmada, apesar da relutância de alguns republicanos. Analistas a veem como uma continuadora das políticas de Bernanke, e acreditam que ela agirá com cautela na retirada dos estímulos monetários adotados para tirar o país da recessão.

As preocupações de que o Fed possa começar a retirar os estímulos monetários preocupam os mercados financeiros desde maio. Em setembro, o BC americano surpreendeu os investidores ao manter a injeção de US$ 85 bilhões por mês no mercado.

A indicação de Yellen coincide com o impasse orçamentário entre o governo e o Congresso, que levou à paralisação de vários órgãos públicos desde o começo do mês. Paralelamente, a relutância da oposição republicana em elevar o teto da dívida pública, atualmente em US$ 16,7 trilhões, ameaça levar o país a uma inédita moratória.

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