A zona do euro pode registrar um crescimento anual de 6,5% em 2020 se os países europeus adotarem a consolidação fiscal e reformas rigorosas no mercado de trabalho, afirmou hoje Gert Jan Koopman, diretor de Assuntos Econômicos e Financeiros da Comissão Europeia. Koopman fez essas declarações em um workshop financeiro promovido pela União Europeia na Expo Mundial em Shangai.
Koopman disse ainda que a estrutura existente na economia europeia pode resultar em um crescimento anual de cerca de 1,5% nos próximos anos, uma taxa de crescimento muito baixa para muitos países que precisam lidar com o aumento rápido da população idosa e consequente aumento da dívida do governo.
Para Koopman, taxas elevadas de crescimento podem ser conquistadas pelos países europeus que adotarem reformas agressivas como a mudança na idade de aposentadoria, programas de crescimento do trabalho e regras regulatórias dirigidas aos setores de baixo crescimento, como energia.
Essas previsões otimistas, entretanto, foram recebidas com certo ceticismo por parte da audiência chinesa. O chefe do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento do Conselho de Estado da China, Chen Daofu, disse que "que será muito difícil que a Europa consiga atingir a meta de 6,5% de crescimento exatamente por causa dos programas de aperto mencionados". Para Chen, essa taxa de crescimento normalmente só é vista em países em estágio de desenvolvimento. Mas Koopman rebateu dizendo que "para alguns países europeus isso é questão de sobrevivência". As informações são da Dow Jones.
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