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O governo ligou o sinal de alerta sobre o fornecimento, pelo Japão, de peças e partes de eletroeletrônicos. O secretário executivo do MDIC, Alessandro Teixeira, disse que empresas da Zona Franca de Manaus manifestaram preocupação a respeito de possível desabastecimento nas próximas semanas. "Eles já disseram que estão preocupados com o risco de faltar componentes. Mas ainda não está faltando nada", disse Teixeira.

As indústrias da Zona Franca de Manaus estudam um plano B para importar de outros mercados, em especial da China. Segundo a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), no polo industrial há 36 empresas de capital japonês. O Japão é o terceiro maior exportador de insumos para as indústrias de Manaus, depois da China e da Coreia do Sul. No ano passado, as indústrias de Manaus importaram US$ 1,2 bilhão em insumos das indústrias japonesas – o que representou 11% das importações totais do Brasil.

As empresas importam partes e peças para aparelhos receptores de sinais de tevê, partes e acessórios para motocicletas e para motores, circuitos integrados e máquinas e aparelhos mecânicos. A superintendente da Suframa, Flávia Grosso, disse que muitas fábricas mantêm estoques para 30 a 60 dias. Outro fator positivo, disse ela, é que as principais empresas, como a Honda, têm um alto grau de nacionalização e de regionalização das etapas de produção.

Segundo Ana Maria Souza, coordenadora-geral de estudos econômicos da Suframa, a maior preocupação de escassez de matéria-prima está no setor de eletroeletrônicos. "Para suprir essa escassez, as empresas estão fazendo contatos com outros mercados, especialmente o da China", disse ela.

Vale

A Vale informou ontem que adotou uma estratégia flexível no embarque de produtos para seus clientes no Japão. Até o momento, segundo a mineradora, as vendas para o Japão não foram afetadas. De acordo com a companhia, o impacto dos desastres para as siderúrgicas locais foi limitado e a maioria delas já voltou a operar.

Em nota, a Vale informou que tem 56 navios aguardando carregamentos em portos, sendo que nove têm como destino o Japão. "A Vale vem apoiando incondicionalmente seus clientes japoneses, oferecendo total flexibilidade na administração de seus programas de embarques, compreendendo aumento ou redução de volumes, mudanças de qualidade e tipos de produtos, além de redirecionamento de navios", disse a mineradora, em nota. Em 2010, as vendas de minério de ferro e pelotas da Vale para o Japão somaram 30,8 milhões de toneladas, equivalentes a 10,5% do total vendido pela empresa.

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